quarta-feira, dezembro 19, 2012

Governo britânico prioriza proteção ambiental para o setor de O&G offshore

Um aumento na frequência das inspeções de segurança offshore de 5 para 3 anos e um projeto de longo prazo multi-setorial estão entre as recomendações destacadas pelo ministro

Londres (Inglaterra) - O Ministério de Energia do governo britânico publicou estudo sobre como o desenvolvimento do setor offshore deve garantir a proteção ambiental e de segurança antes da concessão. "É vital que as nossas atividades de óleo e gás encontrem os maiores padrões de segurança possíveis",disse o ministro de Energia britânico, John Hayes.

Um aumento na frequência das inspeções de segurança offshore de 5 para 3 anos e um projeto de longo prazo multi-setorial estão entre as recomendações destacadas pelo ministro.

"Estou confiante que as respostas do governo e da indústria para as recomendações independentes do painel, junto com os trabalhos em marcha, assegurará a construção da indústria offshore britânica sobre os já existentes padrões de qualidade".

Fonte: Reuters

AIE prevê preço do barril de petróleo na casa dos US$ 100 até 2022

A AIE prevê que, em 2035 o Brasil estará produzindo cerca de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia

Rio de Janeiro (RJ) - O economista-chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou há pouco que a média do preço do barril do petróleo deve ficar em torno de US$ 100 nos próximos dez anos.

“Nós nunca vimos um preço tão alto para o petróleo como neste ano”, afirmou Birol, que esteve hoje no prédio da Universidade Petrobras para apresentar a publicação World Energy Outlook (AIE). Segundo Birol, foi uma “grande surpresa” ver os preços tão altos em um momento de crise econômica internacional.

Uma das principais explicações para a alta do preço do barril do petróleo, segundo Birol, é que os custos para novos empreendimentos de exploração e produção de óleo estão elevados - e, por isso, impactam preço da comercialização do petróleo no mercado internacional.

A AIE prevê que, em 2035 o Brasil estará produzindo cerca de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia. Para atingir essa produção, o país precisará de investimentos por volta dos US$ 50 bilhões por ano, segundo Birol. “O importante é que esse dinheiro precisa ser encontrado”, disse Birol. Segundo ele, será um desafio para o governo e para a Petrobras estimular este volume de aportes. Birol afirmou que novas rodadas de licitações serão necessárias, assim como canais distintos de financiamento, e interesse do governo e da Petrobras.

Sobre energia elétrica, Birol afirmou que o Brasil já está bastante desenvolvido na construção de hidrelétricas. Agora, na análise do especialista, o país precisa desenvolver mais investimentos em gás natural, para produção de energia em termelétricas.

Fonte: Valor Online

terça-feira, dezembro 18, 2012

Chevron propõe pagar R$ 311 milhões por acidente no Rio

Do total R$ 90 mi seriam para a recuperação ambiental, e o resto, para melhorias que evitem futuros acidentes
 
Rio de Janeiro (RJ) - A Chevron propôs pagar R$ 311 milhões no TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que está negociando com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, referente ao acidente ocorrido em novembro de 2011 que derramou 3,7 mil barris de petróleo (588,3 mil litros) na bacia de Campos (RJ).
Desse total R$ 90 milhões seriam destinados à recuperação ambiental e o restante em melhorias operacionais para evitar futuros acidentes, informou a empresa em audiência pública ontem no Rio.
Se fechado o acordo, serão extintos os dois processos cíveis movidos contra a multinacional, informou o MPF. Os processo criminais, porém, continuarão tramitando.
A Transocean, dona da sonda usada pela Chevron na época do acidente, também foi incluída pelo MPF no processo e terá que assinar o TAC junto com a Chevron, apesar de a ANP (Agência Nacional do Petróleo) argumentar que a empresa não teve responsabilidade no vazamento.
O superintendente de segurança operacional e meio ambiente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Rafael Moura, explicou que a Transocean não foi responsabilizada pois foi contratada pela Chevron e seguiu o plano da concessionária.
Ele argumentou que se a Transocean fosse impedida de atuar no Brasil, como havia requerido o MPF, o país deixaria de arrecadar em dois anos R$ 6,5 bilhões em Participação Especial e Royalties.
Segundo a procuradora da República Gisele Porto, que conduz o caso, nas próximas semanas, será apresentada uma minuta dos termos do TAC, que só abrangerá a ação cível contra as duas companhias e não interfere na ação criminal, que envolve 17 executivos da Chevron.
Consequências
Rafael Moura disse que cerca de 40 litros de petróleo ainda saem das fissuras abertas pelo acidente da Chevron na bacia de Campos, no campo de Frade, que tem como sócia a Petrobras.
O óleo residual vem sendo contido desde o acidente pela Chevron, que, em março deste ano, encontrou um novo vazamento pelas fissuras em outra parte do campo de Frade, que também vem sendo recolhido.
A Chevron foi multada em R$ 60 milhões pelo Ibama e em R$ 35,1 milhões pela ANP, que registrou 25 infrações.
Fonte: Folha de SP