quarta-feira, setembro 26, 2012

Petrobras levanta o equivalente a US$3,3 bi com bônus

A Petrobras precificou duas emissões de bônus em euros e uma em libras nesta segunda-feira, levantando o equivalente a cerca de 3,3 bilhões de dólares.

Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares, depois das três tranches em moeda norte-americana de fevereiro totalizando 7 bilhões de dólares.

Segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters, a Petrobras precificou nesta segunda uma emissão de 1,3 bilhão de euros em bônus 2019 a 99,398 por cento do valor de face e cupom de 3,25 por cento. O yield foi de mid-swaps mais 212,5 pontos-básicos.

Outra, também na moeda europeia e com vencimento em 2023, com volume de 700 milhões de euros, saiu a 98,154 por cento do valor de face e cupom de 4,25 por cento, com yield de mid-swaps mais 257,5 pontos-básicos.

Por fim, a petroleira precificou uma emissão no total de 450 milhões de libras em bônus 2029 a 97,472 por cento do valor de face, com cupom de 5,375 por cento e yield da Gilts mais 320 pontos-básicos.

A demanda pelas duas tranches em euros teria chegado a 6,5 bilhões de euros, enquanto a pela em libras alcançou 900 milhões de libras, segundo o IFR.

Na semana passada, a Petrobras informou que estava contemplando uma variedade de opções de dívida, a fim de cumprir com seu plano anual de captações de 16 bilhões a 18 bilhões de dólares.

Fonte: Reuters

terça-feira, setembro 25, 2012

Bacia de Campos chega aos 35 anos como a principal reserva do país

Bacia é responsável por 85% da produção de petróleo do país.

São 75 mil pessoas em ação todos os dias trabalhando nos setor.

A Bacia de Campos chega aos 35 anos como a principal reserva de petróleo do país. Cerca de 85% da produção nacional saem do local. São mais de um milhão de barris por dia. E é esse petróleo que alimenta todos os setores, desde a indústria petroquímica até a alimentícia. Ele é a energia que dá folego e engrenagem a economia.

A Bacia de Campos também é um reduto de postos de trabalho. São 75 mil pessoas em ação todos os dias para retirar do fundo do mar o petróleo que abastece turbinas, veículos e ajuda na produção muitos produtos que muita gente nem imagina. O ouro negro é extraido de 720 poços, com cerca de 100 mil Km2, no litoral de 13 municípios fluminenses. É a energia que impulsiona a transformação das cidades, que não param de crescer a passos largos.

Do fundo do mar para o mundo

A reserva de petróleo na Bacia de Campos é tão importante que, além da Petrobras, quatro empresas estrangeiras extraem o ‘Ouro negro’. Muitas outras empresas também fornecem serviços e tecnologia para produzir e distribuir o produto no mercado externo.

As estradas são responsáveis pelo escoamento e transporte de quase toda a produção no Brasil. São as esteiras do progresso que interligam municípios e estados. O produto que vem do fundo do oceano é a válvula que impulsiona o setor. O petróleo está presente no combustível que dá energia aos caminhões e no asfalto que abre os caminhos. É o derivado do petróleo, conhecido como Cap, que dá liga à mistura que cobre as pistas.

A energia elétrica é outro produto que vem das atividades de extração do petróleo. Isso porque os poços da Bacia de Campos também produzem gás natural. São cerca de 28 milhões m3 por dia. Esse gás é fundamental para dar vida a usinas termelétricas. O gás faz funcionar as turbinas que ativam o gerador e geram energia suficiente para iluminar casas, prédios, indústrias e avenidas para 2,5 milhões de pessoas. O equivalente a 12 cidades do tamanho de Macaé.

Do petróleo é possível ainda fazer derivados. Ele está na composição dos tubos que alimentam de água as residências e o comércio. Na maquiagem e até em alimentos. Com tantas utilidades, o petróleo se tornou a mola mestra da economia.

Fonte: G1 Norte Fluminense

segunda-feira, setembro 24, 2012

Petrobras começa a mudar estrutura do Comperj

Projeto petroquímico diminui de tamanho e a participação da gigante Braskem, que chegou a ser anunciada como parceira, poderá ser reduzida.

O discurso oficial de que o projeto original do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ainda vale começa a ser desmentido pelas providências da Petrobras em relação à estrutura montada há cinco anos, antes do início das obras. Setores criados para planejar como seria a petroquímica do complexo – composto por duas refinarias e uma área petroquímica – não funcionam mais.

O projeto petroquímico não deverá ser totalmente eliminado, mas passa por um processo de redução. A participação da gigante Braskem, que chegou a ser anunciada como parceira no empreendimento petroquímico do Comperj, poderá ser reduzida.

As duas companhias discutem como deverá ser implementada a ação conjunta no Comperj. A Braskem informou que desconhece a desmobilização empreendida pela Petrobras e que suas equipes continuam a trabalhar no projeto do Comperj. A empresa diz que mantém o projeto de participação no complexo petroquímico, com a construção de um cráquer para a produção de eteno e de plantas de fabricação de resinas.

A Petrobras informou que “as reestruturações organizacionais e societárias promovidas no âmbito do Comperj “não alteraram, em nenhum momento, o escopo maior do projeto, que é a implantação de um complexo industrial de refino e petroquímica associados”. “Essas reestruturações visaram exclusivamente a aperfeiçoar a organização para fazer frente aos desafios do projeto, que se alteram ao longo do tempo à luz de eventos de natureza econômica, mercadológica e de custos”, informa o comunicado da estatal.

Um dos exemplos de desativação da estrutura é a incorporação da subsidiária Comperj Participações S/A pela Diretoria de Abastecimento da Petrobras, em estudos pela estatal. A sociedade anônima foi criada para representar a Petrobras nas sociedades que surgiriam a partir do planejamento inicial: Comperj Petroquímicos Básicos S/A (produtora de petroquímicos básicos), Comperj PET S/A (PTA/PET), Comperj Estirênicos S/A (estireno), Comperj MEG S/A (etilenoglicol e óxido de eteno) e Comperj Poliolefinas S/A (poliolefinas).

Oficialmente, a Petrobras mantém o projeto do Comperj com uma refinaria a ser inaugurada no primeiro semestre de 2015 e uma segunda, em 2018. Ambas com atraso mínimo de três anos em relação ao anunciado pelo governo quando o projeto foi tornado público. Juntas, as duas terão capacidade de produzir 465 mil barris diários de derivados de petróleo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .