domingo, novembro 27, 2011

Itajaí recebe multinacional Exterran Serviços de Óleo e Gás



Única unidade fabril da Exterran no Brasil será instalada no Litoral

ITAJAÍ - A multinacional norte-americana Exterran Serviços de Óleo e Gás anunciou ontem o investimento de R$ 40 milhões em Itajaí na instalação de uma fábrica de equipamentos para navios de extração de petróleo. A empresa já adquiriu terreno na cidade e o início da operação está previsto para outubro do ano que vem.

Os módulos produzidos são destinados para equipar os navios modelo FPSO, da Petrobrás, usados na retirada de petróleo e gás marítimos das camadas de pré-sal, situadas no Litoral de Santos (SP) e do Rio de Janeiro. O anúncio da vinda da multinacional foi feito ontem à tarde pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Emprego e Renda de Itajaí. Será a única unidade fabril da Exterran no Brasil.

– As máquinas são grandes estruturas metálicas e servem para tratamento de água, geração de energia, digestão de gás e, entre outras funções, processamento do óleo e do gás extraídos dos poços de pré-sal – explica o gerente geral da Manufatura da empresa, Vidal Nadin.

A negociação com Itajaí durou aproximadamente seis meses. A prefeitura soube do interesse da empresa de expandir as atividades no Brasil e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico fez contato. A Exterran, sigilosamente, contratou uma consultoria que analisou a costa brasileira, entre a Bahia e o Rio Grande do Sul, e selecionou Itajaí e Pelotas (RS) como possíveis sedes da fábrica.

– O que contou para escolhermos Itajaí foi um conjunto de benefícios como logística, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mão de obra e a área que encontramos para instalar a empresa – afirma Nadin.

A empresa adquiriu um terreno de 150 mil metros quadrados no Terminal Portuário Teporti S.A., no Bairro Salseiros. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Claiton Batscheuer, diz que serão gerados 600 empregos diretos com a instalação da Exterran em Itajaí. Segundo ele, a implantação começa com a terraplanagem do terreno e depois com a contratação da mão de obra. A matriz da multinacional fica no Texas. A empresa possui um faturamento anual de US$ 2,5 bilhões.

Durante a cerimônia de ontem foi assinado o protocolo de intenções entre a prefeitura, através do prefeito Jandir Bellini, a Teporti e a Exterran. A empresa norte-americana é a segunda multinacional que se instala em Itajaí em dois anos. Em 2010, a italiana fabricante de iates Azimut-Benetti definiu a cidade como sede da primeira unidade na América Latina. Também provisoriamente instalada em uma área do Teporti, a unidade já está funcionando.

Fonte: Jornal de Santa Catarina/RAQUEL VIEIRA

sábado, novembro 26, 2011

Os Piires acidentes da Chevron

O presidente da Chevron Brasil Petróleo


Consciente de seus erros, a petroleira americana, que opera no País desde 1919, comportou-se com uma passividade bovina. O presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Buck, resumiu-se a pedir desculpas ao povo brasileiro e a dizer que a empresa acatará todas as decisões do governo. Na mesma toada, o presidente da Chevron para a África e América Latina, Ali Moshiri, garantiu que o vazamento está sob controle e que a mancha já desapareceu. Mas observou que o Campo de Frade tem uma geologia complexa e atribuiu o vazamento ao acaso: “A mãe natureza é complicada.” Seu comentário bate de frente com a preocupação da presidenta Dilma. Nas conversas com assessores, Dilma afirmou que o vazamento do Frade, apesar de pequena monta, mostrou a necessidade de aprimorar todo o sistema de segurança que envolve a exploração de petróleo.

O Brasil está prestes a iniciar a exploração da camada do pré-sal em larga escala e não pode ficar vulnerável a acidentes operacionais. Já é chegada a hora de concluir o Plano Nacional de Contingência e também de rever os Planos de Emergência Individuais (PEIs) – o da Chevron, por sinal, não funcionou. Também as multas por crimes ambientais devem ter seus valores corrigidos. O que são R$ 50 milhões para a gigante do petróleo que faturou US$ 198 bilhões em 2010? A visão de longo prazo explica por que a presidenta Dilma exigiu rigor no caso da Chevron. “Não se trata de sentimento antiamericano nem de xenofobia. A punição é exemplar porque o Brasil, às vésperas de explorar o pré-sal, tem que mostrar ao mundo e aos investidores que está preparado para o desafio”, disse à ISTOÉ uma fonte do Planalto.

Fonte: http://www.correaneto.com.br/