quinta-feira, setembro 29, 2011

Parque tecnológico de Santos terá aporte inicial de R$ 50 milhões



A prefeitura de Santos (SP) estima investimento inicial de R$ 50 milhões nas obras das duas unidades-âncora do futuro parque tecnológico de Santos, que atenderá sobretudo a cadeia de petróleo e gás da Bacia de Santos. São elas um núcleo do Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras e a própria sede do parque tecnológico. Para o entorno dessas duas instalações serão atraídas as empresas fornecedoras da operação de exploração e produção de óleo e gás.

“De modo geral, a gente pode olhar para Macaé (RJ). A lista das empresas que já estão lá na cadeia de petróleo e gás tende a ser a mesma das que serão instaladas na Baixada Santista”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos de Santos, Márcio Lara, sem discriminar nomes.

Atualmente, estão sendo feitos os planos de marketing e atração de empresas; e de ciência, tecnologia e inovação. Ambos são necessários para que o parque receba o certificado definitivo do governo do Estado. Assim, as empresas ali instaladas poderão gozar de benefícios fiscais desde que sejam inovadoras e de base tecnológica. As contrapartidas do Estado variam da isenção de ICMS à diminuição do imposto, dependendo da vocação do parque.

“Precisamos dos planos concluídos. Com isso, a prefeitura apresenta o projeto da obra física e já é possível celebrar o convênio”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Paulo Alexandre Barbosa.

Segundo Lara, a previsão é entregar os planos até o fim deste ano. Somente após a aprovação dos estudos, o governo liberará os recursos para a formação do parque. Entre 2004 e 2010, o Estado diz ter liberado cerca de R$ 50 milhões na realização de obras e estudos para a implantação de parques tecnológicos. Neste ano, estão previstos mais R$ 20 milhões. E outros R$ 30 milhões para o próximo exercício, disse Barbosa.

O parque tecnológico de Santos terá perfil diferenciado e inédito dos demais paulistas. Em razão da falta de espaço na cidade, será formado por um complexo de áreas descentralizadas em três bairros (Valongo, Vila Mathias e Vila Nova). Parte dessas áreas, que somam cerca de 330 mil m2, já existe e é formada pelos laboratórios e centros de pesquisas das universidades da região, assim como pelas instalações das empresas que participam da iniciativa (Petrobras, Usiminas e Codesp, além da Prefeitura e da Associação Comercial). O braço do Cenpes e a sede do parque são as duas primeiras unidades a serem erguidas do zero.

A Hospedaria dos Imigrantes, prédio histórico localizado na Vila Mathias, também integrará o conjunto do parque tecnológico. Será a sede da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Rubens Lara. O início das obras, que custarão R$ 25 milhões, está previsto para o primeiro semestre de 2012. Todas essas áreas ficam na parte insular da cidade. Recentemente, foi aprovada a destinação de uma outra zona, de 3 milhões de m2 para o parque tecnológico na área continental da cidade, separada da ilha pelo canal de navegação do porto.

Além do segmento de energia, o parque será caracterizado para receber atividades de porto, retroporto e logística. “Toda semana recebemos consultas de empresas querendo se instalar em Santos. Temos uma estrutura de acolhimento para que as indústrias atendam, no caso do petróleo e gás, aos editais da Petrobras na produção de bens e serviços. Outro esforço é mobilizar as empresas da região a se aperfeiçoarem para assumir essa oportunidade”, afirma Lara.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

quarta-feira, setembro 28, 2011

Maior concentração de investimentos do mundo está no Rio de Janeiro, diz Firjan



SÃO PAULO – Nos próximos três anos, o Rio de Janeiro deverá receber R$ 181,4 bilhões em investimentos públicos e privados. Se este volume for comparado com a dimensão territorial do estado (43,7 mil km2), a expectativa é que ele seja de mais de R$ 4 milhões por quilômetro quadrado – um dos maiores do mundo, segundo Firjan.

Os dados divulgados na segunda-feira (19/09) fazem parte do estudo Decisão Rio do Sistema Firjan, que mapeia os investimentos anunciados para o estado em um período de três anos.

Investimentos no País
Figuram entre os principais investimentos do País os projetos relacionados à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos (R$ 11,5 bilhões), além do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (R$ 9,1 bilhões), da Usina termonuclear Angra 3 (R$ 8 bilhões) e da Usina Termelétrica Porto do Açu Energia (R$ 5,1 bilhões).

Outros, como o estaleiro da Marinha do Brasil/ Prosub (R$ 3,8 bilhões), o estaleiro OSX (R$ 2,3 bilhões) e a siderúrgica Gerdau – Consigua (R$ 2 bilhões), também estão entre os principais.

Por setor
Para se ter uma ideia, na comparação com o triênio anterior (2010-2012), a indústria de transformação apresentou um aumento de 45,2% em seus investimentos. Contudo, vale ressaltar que o destaque no período em questão ficou por conta da indústria naval, que teve um incremento de 254%.

Futuro
Para o futuro, as expectativas se mantêm positivas. Apenas no setor de infraestrutura, por exemplo, a projeção da entidade é de R$ 36,3 bilhões em investimentos. Já na indústria de transformação o valor segue um pouco menor, porém, não menos importante: R$ 29,5 bilhões.

Outra perspectiva é que o segmento de petróleo e gás seja o mais promissor, com R$ 107,9 bilhões em investimentos da Petrobras e empresas parcerias. Já os demais setores deverão contar com uma previsão total de R$ 6,7 bilhões.

Interiorização em foco
Apesar de a capital do estado responder por 11,7% do valor total dos investimentos, a expectativa da Firjan é de uma interiorização.

De acordo com o estudo, o norte fluminense, por exemplo, deverá receber 7,7% desses investimentos, em função da infraestrutura logística, siderurgia, energia e indústria naval. Já a região leste, que responde por 7,3% do total, terá como setores mais importantes as indústrias petroquímica e naval.

O sul fluminense receberá 6,3% dos investimentos – a maior parte ligada à energia e indústria naval. Já a Baixada Fluminense responderá por 6% do previsto nos setores naval, petroquímico e de transporte/logística.

Outras regiões
Outras regiões apresentaram um menor percentual de investimentos, como a serrana, com 0,7%, e noroeste e centro-norte, com 0,3% cada uma.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Brasileiros têm quinto maior salário no setor de petróleo e gás


Os salários do setor de petróleo e gás no Brasil estão entre os cinco maiores do mundo, de acordo com levantamento realizado pela HAYS Recruiting experts worldwide, consultoria líder global em recrutar para média e alta gerência, para elaboração do Guia Salarial de Petróleo e Gás 2011. A remuneração dos brasileiros ficou atrás apenas de Austrália, Noruega, Canadá e Estados Unidos, entre os 50 países analisados.

Em 2009, o País ocupava a sétima posição no ranking, com remuneração anual de US$ 88.667. No ano passado, esse valor saltou para US$ 99.522, uma diferença de US$ 10.855 (cerca de 12%) – os valores não incluem bônus ou benefícios e representam a média dos salários praticados por essa indústria, de perfis operacionais a cargos executivos.

Segundo o levantamento, áreas como engenharia mecânica, subaquática, marinha naval e segmentos ligados aos portos estão entre os que sofreram o maior aumento salarial, justamente por representarem as vagas mais difíceis de serem preenchidas. "Nos últimos oito meses vimos a demanda por especialistas em petróleo e gás exceder a oferta, fazendo com que as empresas passassem, inclusive, a considerar a importação de talentos para preencher vagas pontuais, que exigem muitos requisitos", afirma a diretora da HAYS no Rio de Janeiro, Alexia Franco.

Ainda de acordo com a pesquisa, os salários anuais dos profissionais brasileiros estão equiparados ao pagamento oferecido aos estrangeiros, tendência que deve permanecer nos próximos anos. Na maior parte dos países analisados pelo guia, a disparidade entre ambos é grande, principalmente em regiões de conflito, como nos países do Oriente Médio, que oferecem salários muito superiores aos praticados junto às comunidades locais.

A diretora da HAYS aponta as funções industriais, ligadas à construção e montagem de refinarias, serviços de perfuração, apoio marítimo offshore e setor naval como um todo, como as mais difíceis de serem preenchidas atualmente no País. No entanto, segundo ela, as oportunidades para profissionais qualificados não se limitam às áreas ligadas à engenharia. "Um contador que entenda de tributos para petróleo e gás, por exemplo, chega a ganhar 30% a mais do que um mesmo profissional que atue em outro segmento", exemplifica.

Fonte: O Estado do Paraná