sábado, janeiro 29, 2011

PETROLÍFERAS AUMENTAM INVESTIMENTOS NA EXPLORAÇÂO DE PETRÓLEO


Segundo uma avaliação da consultoria Tendências, com dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a participação das companhias que chegaram após o fim do monopólio da Petrobras praticamente triplicou no último ano, passando de 2,6% para 6,1% do volume total produzido no Brasil. De janeiro a outubro, diz a consultoria, as empresas privadas produziram 144% a mais do que no ano anterior. A produção privada no país ainda é pequena e, em muitos casos, obtida em parceria com a Petrobras.

A OGX de Eike Batista é a empresa privada que mais investe em exploração do petróleo no país. Pela conta da ANP, ano passado (até o 3º trimestre), os investimentos em exploração no país totalizaram R$ 8,4 bilhões. O maior investidor, com 59% do total, é a Petrobras. Depois vem a OGX, com 14% seguida da Repsol, com 11%, e, logo depois a Anadarko, com 6%. Em nota, a assessoria da Petrobras, alegou que teve que realizar paradas não programadas em plataformas este ano, o que teve impacto na produção.

A maior empresa de refino de petróleo da Coreia do Sul vendeu sua participação em três blocos de petróleo no Brasil para a dinamarquesa Maersk Oil por US$ 2,4 bilhões. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A companhia dinamarquesa por sua vez aumenta sua presença no Brasil, pois já possui participações em blocos exploratórios por aqui, alguns deles em parceria com a OGX.

Mercado brasileiro em alta

Depois da Petrobras, os maiores produtores de petróleo no Brasil são a anglo-holandesa Shell, com 51,1 mil barris por dia; as americanas Chevron (21,6 mil barris por dia) e Devon (15,9 mil barris por dia); a indiana ONGC (11,7 mil barris por dia) e a sul-coreana SK (10,6 mil barris por dia). Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), o investimento privado no setor será de US$ 42 bilhões até 2014 - são 40 companhias atuando além da estatal.

A Repsol também aposta no mercado brasileiro para crescer e para isso busca se desfazer de ativos para capitalizar-se e investir no País. A companhia deu andamento à estratégia de reduzir sua exposição na Argentina ao anunciar a venda de 3,3% de sua participação na YPF por cerca de US$ 500 milhões. Os compradores foram os fundos de investimento administrados pela Eton Park Capital Management, Capital Guardian Trust Company e Capital International, dos Estados Unidos, que terão o direito de exercer a opção de compra de mais 1,6% adicional na companhia argentina.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

Schahin transfere projeto para o Rio de Janeiro


O caso do estaleiro de navios-plataformas de petróleo que o Consórcio Schahin/Tomé iria construir em Pernambuco é o mais emblemático. Em fevereiro do ano passado, o aporte de R$ 300 milhões foi anunciado com pompa no Palácio do Campo das Princesas. A primeira encomenda contratada pela Petrobras era de US$ 1,5 bilhão. Nada menos que a primeira embarcação do pré-sal, produzida em solo pernambucano. O endereço do empreendimento seria o Complexo Industrial Portuário de Suape. Eis que surge a primeira surpresa em outubro, quando a Schahin obteve uma autorização prévia da Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) para instalar um projeto diferente no Porto do Recife. Agora, é dada como certa por diretores de ambos os ancoradouros do Estado a transferência do investimento para o Rio de Janeiro.

No momento em que foi anunciado o empreendimento no Porto do Recife, vieram à tona os problemas de Suape: seriam necessários três anos para tirar o estaleiro do papel, o que levaria a um descumprimento do prazo acertado com a Petrobras, e havia ainda escassez de água nos 40 hectares do Complexo destinados ao projeto. O porto da capital, espécie de plano B, passou então a ser examinado com mais cuidado.

A ideia era não implantar mais uma fábrica de navios, mas um “canteiro naval”, onde peças e componentes do navio-plataforma viriam prontos da China e montados em uma área de 69 mil metros quadrados no Cais 2.

A impressão é que, de fato, o empreendimento mudaria de endereço. Havia sido negociada, ao longo de seis meses, até uma contrapartida em infraestrutura no Porto do Recife de R$ 7 milhões. A geração de empregos estimada era de entre 1.500 e 1.800 postos. Diante dos avanços nas conversas, uma minuta de contrato chegou a ser elaborada, estando pronta para assinar.

Até que veio uma ordem de cima para interromper todas as movimentações. A empresa japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering Co. (Modec), fornecedora da Petrobras e dona do negócio (o consórcio Schahin/Tomé foi contratado para construir o empreendimento), decidiu transferir tudo para o Rio de Janeiro, onde estão os seus escritórios brasileiros.

A reportagem procurou o grupo Schahin, mas, até o fechamento da edição não obteve um posicionamento oficial. A orientação dada pela assessoria de imprensa da empresa foi procurar a Modec. Questionada, a empresa japonesa também silenciou.

Fonte: Jornal do Commercio

Novas tendências de completação


Ao longo desses mais de 30 anos, a Petrobras fez uso intensivo do conceito "equipamentos submarinos de completação + unidade flutuante de produção" nas atividades offshore. Os principais fatores que a levaram a essa opção foram:

As características dos reservatórios e as condições ambientais relativamente brandas encontrados na Bacia de Campos;

A possibilidade de instalação de sistemas de produção antecipada para servir como laboratórios em escala para os sistemas definitivos, para realizar testes de poços e para permitir o desenvolvimento em fases dos grandes campos;

A diminuição do risco e o melhor fluxo de caixa, já que a receita obtida em uma fase do desenvovimento participa do financiamento das seguintes;

A maior rapidez obtida no desenvolvimento dos campos;

As parcerias e cooperações estabelecidas com os fornecedores de equipamentos, o que possibilita a melhoria contínua dos mesmos e o relacionamento a longo prazo;

A confiabilidade e rentabilidade desses sistemas, comprovadas na prática.
Todavia, as características dos fluidos encontrados em campos de águas ultra-profundas (lâmina d’água superior a 1.000 metros) estão levando a uma mudança na abordagem da questão, favorecendo a adoção de unidades de completação seca (UCS). Muitos desses campos apresentam óleo pesado variando de 15 a 20 oAPI que, combinado com as baixas temperaturas predominantes nestas profundidades, resulta em problema de escoamento.

Por esses motivos, a tendência ao uso de UCS tem aumentado ultimamente, já que essas unidades :

Propiciam melhores condições térmicas ao escoamento, antecipando a produção;

Minimizam os problemas com a formação de depósitos de hidratos e parafinas devido à temperatura de escoamento mais elevada;

Reduzem os custos operacionais com intervenções;

Apresentam ações mais rápidas e econômicas para otimização e controle da produção;

A evolução da tecnologia de perfuração, permitindo a drenagem de uma grande área a partir de um único cluster através de poços de grande angulação e afastamento em arenitos não consolidados e folhelhos instáveis.
Conclui-se que em mais de 30 anos de atividades offshore, a produção no mar tornou-se vital para o Brasil, passando a responder por cerca de 80% do total produzido no país no início de 1999, ou seja: cerca de 1 milhão de bpd provenientes de 74 plataformas fixas e 23 flutuantes. Nesse período, a Petrobras instalou, ainda, mais de 300 árvores de natal submarinas, 40 manifolds submarinos e 5.000 km de linhas flexíveis, rígidas e umbilicais de conttrole.

A partir das descobertas iniciadas em 1974, a Bacia de Campos assumiu a posição de principal província petrolífera do país. Nessa área existem hoje 37 campos produzindo cerca de 880.000 bpd de óleo (76% da produção nacional) e 15 milhões m3/dia de gás (47%) através de 14 unidades fixas e 22 flutuantes.

Cabe destacar a contribuição dos campos em águas profundas e ultra-profundas (em LDA acima de 400 metros) que, hoje, respondem por cerca de 50% da produção nacional.

Espera-se aumento significativo nas atividades nos próximos anos, com a instalação de 12 novas unidades flutuantes de produção e mais de 180 árvores de natal, 6 manifolds e 1.900 km de linhas e umbilicais.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/