Há cerca de um ano a estudante e atriz Laila Paschoal, de 20 anos, percebeu que gastava demais com celular. Ultrapassava de longe os 90 minutos da franquia, e a mensalidade, a princípio de R$ 80, chegava a bater nos R$ 300 todo mês. E isso só para falar basicamente com uma pessoa: seu namorado.
Até então Laila preferia não ter o trabalho de procurar uma forma de economizar, mas o orçamento apertou e ela resolveu mudar. Por uma dica da irmã e do cunhado, viu que seria melhor trocar para um plano de 180 minutos, que ainda possibilita cadastrar um número especial da mesma operadora com o qual ela poderia falar até mil minutos gratuitamente. Agora dificilmente ela ultrapassa a franquia e paga R$ 130 por mês, menos da metade do que antes.
Quem é cliente pós-pago sabe como é difícil controlar os gastos com ligações. A mensalidade fixa da franquia de minutos é estourada com frequência, principalmente se o plano escolhido não for o ideal para a quantidade de chamadas que o cliente faz. E as operadoras raramente entram em contato para oferecer a alternativa mais barata. Depende de cada um analisar sua conta e tomar a decisão mais econômica.
Não é fácil tomá-la. Hoje as quatro operadoras que atuam no Estado têm ao todo 60 planos pós-pagos convencionais (excluindo os empresariais) e mais 7 pacotes pós com crédito fixo para ser usado no mês. Cada um dos 67 pacotes tem franquias, tarifas de minutos e ofertas de serviços diferentes.
Para ajudá-lo a reduzir sua conta, o Link avaliou os planos pós-pagos, fez contas e apresenta alternativas para reduzir os gastos, seja qual for o motivo do estouro da franquia.
ENTENDA SEUS GASTOS - O primeiro passo é saber como você está gastando seus minutos e, para isso, é preciso ter paciência para entender os detalhes da conta de celular. Não há um padrão único, pois enquanto algumas operadoras informam detalhadamente as ligações realizadas mesmo que estejam dentro da franquia, outras não fazem isso.
Mesmo assim, procure identificar se você usa mais minutos em ligações locais do que o seu plano oferece. Ligações locais são aquelas realizadas para telefones fixos e móveis dentro do seu código de área. Elas é que são contabilizadas dentro da franquia. Qualquer chamada de longa distância não é incluída nos minutos do plano, inclusive quando você liga de outra cidade durante uma viagem. Algumas operadoras oferecem pacotes de DDD além da franquia, o que pode ser uma opção para economizar nesse caso.
Maria Inês Dolci, da associação de defesa do consumidor Pro Teste, diz ser essencial que o cliente saiba qual seu perfil de gastos. "Ele tem de verificar se faz mais ligações locais ou interurbanas, se liga mais para celulares da mesma operadora ou de outras porque esses detalhes influenciam no preço", diz.
Um exemplo básico: se a soma das ligações locais realizadas dentro e além do plano estiver próxima ao número de minutos oferecidos por um plano maior, troque de plano. Franquias maiores têm tarifas de ligações mais baratas e ainda podem trazer benefícios que variam conforme a operadora, como por exemplo maior quantidade de mensagens de texto e a possibilidade de cadastrar números favoritos, entre outros.
No site da Pro Teste (www.proteste.org.br) há uma calculadora - não muito simples de usar - que indica os melhores planos de acordo com o tipo de ligação que você faz.
Já a advogada Estela Guerrini, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), faz um alerta: antes de tomar uma decisão apressada, avalie as contas dos últimos 4 ou 6 meses. "Pegar um mês só não adianta porque sempre há gastos que variam, como viagens", afirma.
Cautelosa, Estela faz outra advertência: cuidado ao assumir um plano maior se não tiver poder aquisitivo para bancá-lo todos os meses. "Mesmo se o gasto além da franquia for alto, é melhor não passar para um plano mais caro se isso comprometer o orçamento familiar", diz. Neste caso, só há uma alternativa: telefonar menos.
Fonte: www.yahoo.com.br
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