quarta-feira, outubro 24, 2012

Shell está incerta sobre fim de força maior na Nigéria

Nigéria - A Shell disse nesta terça-feira que ainda não pode dizer quando a força maior sobre as exportações de petróleo Bonny e Forcados vai ser suspensa, após problemas com roubos e inundações no Delta do Níger.
A companhia reportou na segunda-feira ter declarado força maior na sexta-feira, devido a fatores incluindo os estragos causados por roubos e inundações que afetaram um terceiro fornecedor. Bonny Light e Forcados são dois dos mais importantes tipos de petróleo da Nigéria, e em outubro eles representaram exportações de 427 mil barris por dia, cerca de um quinto do total das exportações, de 2,048 milhões de barris por dia.
A significativa interrupção ressalta a dimensão do problema de roubo de petróleo, ou "bunkering", como é conhecido na Nigéria, no qual as autoridades dizem que até 20 por cento do petróleo é perdido. Isso também seria a primeira evidência confirmada de um impacto na produção de petróleo pela pior inundação que a Nigéria já teve em cinco décadas. O rio Níger transbordou no mês passado, inundando boa parte da rica região de petróleo.
"A Shell ainda não pode dizer quando a força maior será levantada", disse o porta-voz da Shell, Precious Okolobo, que não quis dar mais detalhes.
Na sexta-feira, a Shell disse que os embarques de Forcados foram afetados por danos causados por supostos ladrões no oleoduto Trans Forcados e no ramal principal de Brass Creek, enquanto os embarques de Bonny foram atingidos por um incêndio em navio suspeito de roubar petróleo, além das inundações.
Fonte: Reuters

BNDES destina R$ 920 mi para Suape

O projeto contempla intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e de pesquisa ambiental no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Suape)
 
Rio de Janeiro (RJ) - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, assinaram nesta terça-feira, (23/10), contrato no valor de R$ 920,3 milhões para implantação do Programa de Desenvolvimento da Infraestrutura de Áreas Portuárias. O projeto contempla intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e de pesquisa ambiental no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Suape).
A assinatura ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Segundo Coutinho, “o financiamento a Suape concretiza uma política de desenvolvimento de um pólo essencial para o futuro industrial do Estado de Pernambuco”.
O governador Campos ressaltou a “parceria estratégica com o governo federal e com o BNDES para que possamos manter o nível e o ritmo dos investimentos no complexo de Suape”. “O financiamento é fundamental para que possamos manter os empregos e acelerar investimentos que são importantíssimos para ampliar o movimento de cargas de Suape, viabilizar a indústria naval e a operação da refinaria Abreu e Lima”, afirmou.
De acordo com comunicado enviado pelo BNDES, durante a fase de implantação, as obras deverão criar cerca de 2 mil novos postos de trabalho. Para atração de investimentos e novos negócios, está prevista a terraplenagem, pavimentação, drenagem, iluminação viária e sinalização da Zona Industrial. O empréstimo também será utilizado na construção de pontes, viadutos, pavimentação, sinalização e requalificação de vias. Entre as obras previstas estão a duplicação do Tronco Distribuidor Rodoviário Norte (TDR- NORTE) e a implantação do contorno do Cabo de Santo Agostinho (Via Expressa de Suape).
No porto, será reforçado o enrocamento de proteção do aterro. Os cabeços Norte e Sul da abertura dos arrecifes para acesso ao porto interno também receberão obras de proteção. O porto interno terá áreas dragadas para a futura construção de mais quatro cais (6, 7, 8 e 9). O cais de múltiplos usos passará por uma recuperação estrutural. Também serão realizadas obras de dragagens no cluster naval, possibilitando a instalação de novos estaleiros.
A operação contempla ainda a construção, em Suape, do Centro de Tecnologia Ambiental (CTA), um espaço voltado para o estudo, a pesquisa e o cuidado de áreas degradadas, formação de agentes ambientais e centro de produção de mudas com laboratório.
Da Redação

Petrobras assina convênio para aquisição de navio de pesquisa

Novo navio oceanográfico apoiará pesquisas minerais do Brasil em 2013
 
Rio de Janeiro (RJ) - O Brasil contará, a partir do próximo ano, com um dos mais modernos navios de pesquisas oceanográficas do mundo. Com a embarcação, avaliada em R$ 162 milhões, será possível aumentar o volume de informações sobre recursos minerais e biológicos na chamada Amazônia Azul, como é conhecida a zona econômica exclusiva do mar brasileiro, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Com isso, o país contará com três navios oceanográficos de grande porte.
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos ) será a responsável pelo repasse dos recursos do MCTI, em um total de R$ 27 milhões, mesma quantia a ser aportada pela Marinha. A Vale vai destinar R$ 38 milhões. O acordo foi anunciado ontem (22) em evento que teve a presença do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp e de representantes das outras instituições envolvidas.
Navio
O novo navio de pesquisa hidroceanográfico será equipado com o que há de mais avançado em tecnologia de experimentação marinha. O objetivo é ampliar a infraestrutura embarcada existente no País, a geração de conhecimento e a formação de recursos humanos sobre o ambiente marinho na região do Atlântico Sul e Tropical, promovendo avanços das pesquisas nas áreas de Química, Geologia, Biologia, Física Marinha e Ambiental. A ênfase será nos trabalhos de levantamento de recursos minerais, óleo e gás e prospecção em águas sob jurisdição brasileira. A aquisição do navio será de responsabilidade da Marinha do Brasil, que prevê sua entrega em 2013.