sábado, maio 14, 2011

De olho no pré-sal, Caterpillar vai fabricar motores no Brasil


De olho na demanda gerada pelo pré-sal, a multinacional norte-americana Caterpillar começará a produzir no Brasil, a partir de setembro, motores e geradores elétricos a diesel para embarcações de apoio à exploração marítima de petróleo.

Atualmente, esses equipamentos são importados. A produção dos motores ocorrerá na fábrica do grupo no país, em Piracicaba (SP), com, ao menos, 60% de componentes nacionais. A companhia não informa o valor investido na nova linha de produção.

A empresa informou apenas o investimento total da multinacional no país, de R$ 350 milhões nos anos de 2011 e 2012. O presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Calil, disse que a maior parte do valor está sendo aplicado na instalação de uma nova fábrica, em Campo Largo (PR). A empresa adquiriu uma antiga unidade instalada no local e faz adaptações para deslocar a linha de produção de retroescavadeiras para a nova planta.

A Caterpillar decidiu investir na fabricação de motores no país em razão da crescente demanda de estaleiros por motores. Desde os final dos anos 90, com a retomada da indústria naval, a empresa forneceu 1.000 motores elétricos no Brasil, todos importados de uma das unidades da empresa nos EUA.

Além de servir como sistema de propulsão de barcos de apoio off shore, os equipamentos podem ser usados como geradores de energia auxiliar em plataformas de perfuração e extração de óleo e navios de maior porte.

Segundo Milton Ceotto, gerente de sistemas marítimos de energia da empresa, a Petrobras tem exigido de armadores (empresas de navegação) que prestam serviços à companhia o uso de embarcações com motores elétricos, que são mais confiáveis e mantêm a estabilidade do barco em caso de pane.

Há também mais segurança porque há mais 'redundância'. Ou seja, cada barco tem de três a quatro motores e não necessita de todos simultaneamente para gerar energia e se movimentar.

A operação no pré-sal exige maior segurança já que os campos estão mais distantes da costa, a 300 km, em média.

Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/

Preços de petróleo e gás fazem Repsol lucrar mais 11,2%


Ajudada pela alta dos preços de realização do petróleo e do gás, a Repsol obteve lucro líquido de 765 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, 11,2% a mais do que no mesmo período do exercício anterior. Sem considerar os resultados extraordinários, o lucro líquido recorrente da Repsol melhorou 23,4%, chegando a 791 milhões de euros.


Além dos aumento do preço do petróleo (13,4%) e do gás da (14,8%), também contribuiu para o resultado os melhores resultados da divisão de gás natural liqüefeito (GNL) e a recuperação do negócio químico.

O resultado de exploração do grupo durante o primeiro trimestre do ano aumentou 4,7%, alcançando 1,61 bilhão de euros. Todos os negócios estratégicos da Repsol experimentaram crescimento em seus resultados operacionais, enquanto que os resultados operacionais das suas participadas caíram ligeiramente. A YPF reduziu os seus resultados em 6,8% e a Gás Natural Fenosa em 3,5%.

A dívida financeira líquida, excluindo a Gás Natural Fenosa, situou-se em 2,18 bilhões de euros no final do trimestre. A proporção da dívida líquida sobre capital empregado foi de 6,9% no final do período.

A geração de caixa permitiu empreender com folga os investimentos contemplados no plano estratégico. O Ebitda do grupo alcançou, no primeiro trimestre, 2,51 bilhões de euros, com investimentos no valor de 1,10 bilhão de euros, 43% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Durante os últimos meses, a Repsol avançou significativamente em sua estratégia de desinvestimento parcial na sua participada argentina YPF, com o objetivo de situar a participação em 51%. Depois dos desinvestimentos feitos no final do ano passado, durante o primeiro trimestre de 2011, foi acordada a venda de 3,8% a vários fundos de investimento e foi realizada a colocação de outros 7,7% do capital da YPF através de uma Oferta Pública Venda (OPV) lançada e fechada com sucesso no mês de março.

Resultados operacionais

O resultado operacional da área de upstream (parte da cadeia produtiva que antecede o refino), no primeiro trimestre, subiu para 490 milhões de euros, 13,4% a mais que no mesmo trimestre do exercício anterior. Tal crescimento é explicado pelos mais altos preços de realização do petróleo e do gás e pelos menores custos exploratórios principalmente.

Também contribuiu o aumento do preço de realização do gás da Repsol em 14,8%, frente à queda da cotação internacional do Henry Hub, de 22,6% no período. Os preços internacionais do Brent aumentaram no trimestre 38% e os da Repsol 13,4%.

Esses preços de realização tiveram impacto positivo de 153 milhões de euros no resultado operacional recorrente da área, enquanto que o menor custo exploratório, a apreciação do dólar frente ao euro e as menores amortizações pela diminuição do volume de produção, sobretudo nos Estados Unidos, somaram 46 milhões de euros ao resultado. Tudo isso compensou o impacto do menor volume de produção, em especial de líquidos.

A produção de hidrocarbonetos do trimestre alcançou 324.348 barris equivalentes de petróleo ao dia, 7,4% a menos que no mesmo período de 2010. A diminuição é explicada por fatores circunstanciais como a suspensão de operações na Líbia e a atividade de manutenção em Trindade e Tobago.

Os investimentos na área de upstream totalizaram 437 milhões de euros, 216,7% a mais do que nos três primeiros meses de 2010. O investimento destinado ao desenvolvimento de campos representou 36% do total e foi feito fundamentalmente nos Estados Unidos, na Venezuela, na Bolívia, no Brasil e no Peru; os investimentos em exploração foram destinados principalmente ao Brasil e aos Estados Unidos.

O resultado operacional no primeiro trimestre do ano do negócio de GNL subiu para 115 milhões de euros, com uma melhora de 238,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esses resultados se baseiam no crescimento do volume de vendas, basicamente no Peru LNG e em Canaport (Canadá), e nas maiores margens de comercialização.

Refino

O resultado operacional da área de downstream (refino, marketing, GLP, trading e química), no primeiro trimestre de 2011, subiu para 445 milhões de euros, o que supõe, segundo a empresa, um aumento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo o efeito inventário, o resultado operacional subiu para 217 milhões de euros, com um crescimento de 15,4%.

No negócio de refino, o maior volume destilado na Espanha e a otimização da produção contribuíram para o resultado de 11 milhões de euros. Quanto ao negócio de GLP, as margens de envasado se mantiveram em linha com as do mesmo período do ano anterior, devido à defasagem temporal na fórmula com a qual são calculadas pelo governo da Espanha, o que afeta negativamente os resultados deste negócio.

Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=94801

Prazos para o pré-sal inquietam a Petrobras


Com a capitalização, dinheiro deixou de ser - de certa forma - o maior problema da Petrobras.

Como na batalha do país para sediar Copa do Mundo e Olimpíadas, a questão é tempo. Como explorar o pré-sal, impor nova logística, encomendar 97 plataformas, 510 barcos de apoio e dezenas de navios? Como vencer a defasagem cambial - que torna o produto importado mais barato - sem contrariar a tradição da empresa de estimular a indústria nacional? Uma fonte da Petrobras revela que um dos desafios está no Tribunal de Contas da União (TCU), por sua inflexibilidade. Na sede da empresa, os funcionários antigos lembram que a estatal fazia o que queria e depois dava-se um jeito. Ninguém ousava contestar a empresa que se confunde com o nacionalismo verde-e-amarelo.

Mas hoje tudo mudou. Recentemente, o TCU promoveu palestra na sede da Avenida Chile e a procura foi tão intensa que a conferência teve de ser transmitida por telões de vídeo para quem ficou de fora do auditório. Na palestra, o TCU mostrou, logo de início, um dado que representa visão distorcida. O representante da entidade declarou que o investimento no TCU é muito bom para o governo, pois cada real aplicado multiplica 18 vezes esse valor em recolhimento de multas. Só que essa arrecadação não se baseia em produção ou produtividade, apenas no exercício da atividade fiscalizatória, o que é uma questão adjetiva que, embora importante, não se compara com a geração direta de riqueza.

A fonte da Petrobras revela que um dos gargalos da estatal é a falta de bases para apoio à exploração e produção no mar. A base de Macaé está congestionada e, para exploração da Bacia de Campos, foram desenvolvidas novas áreas no Porto de Niterói e, mais recentemente, no Porto do Rio. Para o pré-sal, a estatal terá sua principal base em Itaguaí (RJ) e, além disso, contará com unidades em Santos (SP) e Itajaí (SC). Os desafios para o pré-sal são enormes. Além de o petróleo estar depositado a grande profundidade, os campos estão localizados a 300 km da costa, exatamente o dobro da distância média na exploração atual. A estatal corre contra o tempo e ainda tem de ficar de olho nas exigências do TCU.

Dúvidas no gás

Muitas dúvidas assombram o setor de gás, segundo se pôde apurar na segunda-feira (09/05), no Gas Summit, no Rio de Janeiro. O diretor de PSR Consultoria, José Rosenblatt, destacou que, em caso de falta do produto, não se sabem os critérios a serem adotados, pois o governo adia a edição de decreto com essa escala de valores - possivelmente para não desagradar a setores que iriam sofrer com corte no fornecimento.

- Muitos industriais relutam em usar gás, porque temem que, diante de uma crise, o governo desvie o produto para gerar energia em centrais térmicas.

Acentuou Rosenblatt que o mercado de gás está evoluindo, mas, mesmo assim, aumento de concorrência seria muito bem-vindo. Durante os debates houve críticas às exigências ambientais. Um empresário destacou que, em vez de punir empresários que usam gás, as entidades ambientais deveriam partir do pressuposto de que os líderes em poluição são as usinas movidas a óleo combustível. Na terça-feira, quem fará palestra no Gas Summit será Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE).

Energia e água

Em recente encontro com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), empresários destacaram ser necessário melhor entendimento com o Ministério de Minas e Energia, pois as usinas hidrelétricas continuam a abrir ou fechar comportas de acordo com suas próprias necessidades, sem levar em conta o fluxo necessário para permitir o transporte hidroviário.

Na verdade, o uso da água para a população interessa à Agência Nacional de Águas (ANA) e o bom fluxo nos rios é da alçada da Antaq. Anteriormente, o Ministério de Minas e Energia reinava absoluto sobre as águas. Agora, tem de negociar o fluxo dos rios com ANA e Antaq, tanto para uso público como para a navegação.

Financiamento

Após 18 meses, o Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (FMM) volta a se reunir na quinta-feira (12/05). Em razão da enorme demanda por navios e barcos de apoio a plataformas, o FMM irá precisar de algo em torno de R$ 10 bilhões. Resta saber se a presidente Dilma vai engordar o fundo, como fez Lula, ou esvaziá-lo, como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso. O FMM terá de financiar três grandes estaleiros: Promar-Pernambuco, Eisa-Alagoas e o OSX, de Eike Batista, no Norte Fluminense.

Livre consulta

Ex-presidente do Instituto Brasileiro de Consultores de Organização (IBCO), o professor Luiz Affonso Romano é contra a regulamentação da profissão pelo governo. Diz ele:

- Há muito, os clientes têm ferramentas eficazes de aferição dos conhecimentos, das habilidades, e sabem onde buscar informações acerca da experiência dos consultores. Desse modo, a classe continua dispensando interferência de governos e qualquer outro expediente cartorial para selecionar e contratar. Não queremos regulamentação.

Simpatia e déficit

Após a visita de Barack Obama, a presidente Dilma abre as portas de seu palácio, na terça-feira, em Brasília, para receber o venezuelano Hugo Chávez. Ao contrário dos Estados Unidos, que têm saldo comercial com o Brasil, a Venezuela perde nas transações bilaterais. Em 2010, o Brasil exportou US$ 3,6 bilhões e só comprou US$ 800 milhões.

Por não ter indústria forte, a Venezuela é tradicional compradora de máquinas e produtos industrializados brasileiros. Com o Tio Sam, o Brasil teve um déficit no comércio de US$ 8 bilhões no ano passado e, este ano, a perda deverá atingir US$ 10 bilhões, segundo previsões da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Chávez é muito criticado, mas traz dólares para o Brasil. Já o simpático Obama se delicia com um superávit com o Brasil que pode subir ainda mais, se a Boeing ganhar concorrência para venda de 36 aviões militares F-18 à FAB.

Mais uma

A produtora de grãos brasileira Multigrain foi vendida à japonesa Mitsui. O brasileiro Paulo Moreira Garcez recebeu US$ 49 milhões e a empresa americana CHS, que tinha fatia maior, ficou com US$ 274 milhões. A entrega do setor aos estrangeiros não é surpresa. Dados da instituição Action Aid revelam que mais de 90% do comércio mundial de grãos está em mãos de gigantes como Cargill, Bunge, Dreyfus, Nestlé, Dupont, Monsanto, Unilever, Tesco, Wal Mart e a própria Mitsui.

Rápidas

Começa nesta terça-feira, no Windsor Barra Hotel, na Zona Oeste do Rio, o 27º Congresso de Gestão de Pessoas, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ). O tema em discussão é Em Busca do Equilíbrio Dinâmico *** Dia 16, a construção naval estará de ouvidos atentos no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-RJ). O diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa falará sobre as encomendas da estatal para os estaleiros. E o Sindicato da Construção Naval (Sinaval) acaba de lançar boletim mensal pela Internet *** Terá início nesta terça-feira, no Rio, o 12º Fórum Portos Brasil, realizado por IBC/Informa Group *** O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazan, estará nesta terça-feira, na sede da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em Brasília, para discutir a - mais do que necessária - melhoria da qualidade do trabalho no campo *** O prefeito do Rio, Eduardo Paes, lança, nesta terça-feira, fundos de apoio da teatro, cultura, dança e artes visuais

*** A semana começou com dólar e bolsa em alta.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/