sábado, novembro 13, 2010

Entregas de sondas para Petrobras podem atrasar, diz fornecedor


Para empresas, dificilmente a estatal vai conseguir contratar todas as sondas para o pré-sal no prazo previsto

A percepção entre os fornecedores de peças para a indústria petrolífera é de que a Petrobras não conseguirá contratar, no prazo estipulado, todas as 28 sondas de perfuração no Brasil. A licitação prevê a construção de até quatro lotes, cada um com sete unidades.

Vice-presidente para a América Latina da americana Baker Hughes, grande prestadora de serviços para a indústria do petróleo, Maurício Figueiredo acredita que, para manter a construção das sondas no Brasil, será preciso atrasar o cronograma estabelecido para o pré-sal. Caso contrário, a companhia vai precisar importar equipamentos do exterior.

"A opinião unânime é de que dificilmente a Petrobras vai conseguir colocar aqui (no Brasil), dentro dos prazos que ela necessita, todas as sondas previstas na concorrência", afirmou. "Ela pode conseguir a maioria, mas não vai conseguir todas, a não ser que ela atrase todo o programa do pré-sal. Vai sacrificar o pré-sal para ter todas as sondas construídas no Brasil. Do contrário, ela vai ter que contratar algumas sondas fora, na minha opinião e pelo que estou sentindo de pessoas que trabalham na área", disse.

A Petrobras Netherlans, subsidiária holandesa, estendeu para 17 de novembro o prazo para que as empresas que participam da licitação apresentem documentos relacionados ao licenciamento ambiental dos estaleiros onde serão feitos os equipamentos. Independentemente da capacidade de construir as sondas no Brasil, o vice-presidente da Baker Hughes acredita que a Petrobras tomou a decisão certa de querer acelerar o processo de aumento de produção de óleo e gás no país. Ele acredita que a tendência é de que, até 2030, a diferença entre a produção em queda e o consumo crescente de petróleo só vai aumentar nos países desenvolvidos.

Enquanto isso, a expectativa é de que nos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), a diferença entre a produção e a demanda seja reduzida, já que o consumo de óleo e gás nos países em desenvolvimento deve continuar aumentando. "O mundo já percebeu que o petróleo de fácil retirada já acabou e por isso precifica bem esse produto. E uma demonstração da importância da Petrobras nesse contexto internacional, em termos de águas profundas, é exemplificada pelo fato de mais de 50% das sondas contratadas desde 2009 no mundo terem sido pela estatal", disse Figueiredo.

Ele acredita que, com a maturidade dos campos de petróleo nos próximos anos em todo o mundo, a produção vai sofrer uma perda de até 30% do que é produzido hoje nos atuais campos. Daí a necessidade de se apressar a produção de novas descobertas como o pré-sal.

A Baker Hughes ajudou a Petrobras a, na última perfuração de um poço no campo de Tupi, reduzir o tempo necessário em 37%. Para incrementos deste tipo, a empresa está investindo cerca de US$ 30 milhões em um centro de tecnologia voltado para os desafios do pré-sal, no Rio de Janeiro. Havia também o objetivo de comprar uma fábrica de equipamentos na Bahia.

Mas como, durante as negociações, os preços ficaram muito altos, Figueiredo acredita que a companhia americana vai desistir do negócio. "Nós queríamos ter uma fábrica na Bahia para atender à demanda do Norte e Nordeste, principalmente", explicou. Os planos passam então a ser a expansão da unidade atualmente em construção em Macaé. Lá está sendo construído um complexo que terá, além da fábrica, um centro de reparo e manutenção, e um centro para a área de tubulares. O investimento total deve estar próximo de US$ 50 milhões. A inauguração da fábrica, já com o maquinário, deverá acontecer em até abril ou maio do ano que vem. A capacidade será de fabricação de até 100 brocas por dia e até 70 ferramentas diariamente.

Fonte: http://economia.ig.com.br/

Estado do Rio é polo de centros de pesquisa sobre pré-sal e siderurgia


A instalação de centros de pesquisa no Rio de Janeiro é uma demonstração de que o estado tem condições de sediar núcleos de estudos de ponta e que há uma sinergia entre a academia, outros centros de pesquisa e governos neste tipo de empreendimento - comemora o subsecretário de Ciência e Tecnologia do Rio, Luiz Edmundo Costa Leite. Referência quando o assunto é desenvolvimento de soluções tecnológicas, o Rio de Janeiro está se tornando um importante polo de pesquisas.

Entre os destaques, estão investimentos relativos à descoberta da camada pré-sal na região do Fundão. A Usiminas está aplicando recursos na ordem de R$ 20 milhões em um centro de estudos que ficará pronto no ano de 2012. A unidade ficará localizada no Parque Tecnológico da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Entre as grandes empresas que aportam por aqui também estão a francesa Schlumberger, que inaugura um centro na próxima terça-feira, e as americanas FMC e Baker Hughes, com previsão de funcionamento para 2011.

Outra grande empresa que instalará um centro de pesquisa no estado do Rio de Janeiro é a General Electric (GE). A companhia anunciou, nesta quarta-feira (10/11), a aplicação de recursos no valor de US$ 100 milhões de dólares.

- A decisão da GE, por exemplo, é significativa. A empresa tinha a opção de se instalar em Minas e em São Paulo. É uma das maiores empresas do mundo, uma empresa globalizada, que decidiu pelo Rio. Isto prova que o Rio de Janeiro tem real capacidade de se afirmar como polo de pesquisa. Além de todos estes empreendimentos, temos a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o IME (Instituto Militar de Engenharia),o INPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), a Petrobrás, entre outros – diz Luiz Edmundo.

O trabalho no centro de pesquisa da GE, localizado na Ilha do Fundão, será direcionado a tecnologias altamente avançadas para as indústrias de óleo e gás, energias renováveis, mineração, transporte ferroviário e aviação. O anúncio oficial da instalação, feito nesta quarta-feira, contou com a presença do governador do estado do Rio, Sérgio Cabral.

A unidade da Baker Hughes, quarta maior companhia de serviços petrolíferos do mundo, será a primeira de pesquisa do grupo na América do Sul e fará estudos relativos ao pré-sal – mesmo objetivo da implantação do centro da francesa Schlumberger, formalizada com assinatura de contrato em setembro deste ano. No parque, também haverá a expansão da empresa Ilos Infra, de negócios logísticos.

Já a Usiminas instalará um centro de pesquisa e inovação para o setor de metalurgia e siderurgia, planejado, na fase inicial, para atender à demandas do pré-sal. O investimento será de R$ 11 milhões e serão gerados, entre especialistas, mestres e doutores, 40 empregos.

Fonte: Governo do Rio de Janeiro

Fonte: http://www.portogente.com.br/

GE fornecerá equipamentos para exploração de petróleo


Empresa fechou acordo com a Daewoo, que construirá plataformas para extração em águas profundas no Brasil
A GE Oil & Gas - braço da General Electric no setor petroleiro - fechou com a construtora de plataformas sul-coreana Daewoo o fornecimento de US$ 120 milhões em equipamentos que serão usados em atividades de exploração de petróleo em águas profundas no Brasil.

Em um dos contratos, a GE vai fornecer sistemas de controle e válvulas de prevenção e monitoramento em poços de óleo e gás. Os equipamentos serão instalados em sondas de perfuração flutuantes da Petroserv para atividades de exploração e produção de petróleo e gás na costa brasileira. No segundo contrato, serão fornecidos dois pacotes completos de perfuração que serão instalados em plataformas da Odebrecht Óleo & Gas. Em nota, a GE informa que os equipamentos serão fabricados nas plantas de Houston, no Texas, e de Cingapura. As entregas estão programadas para até novembro de 2011. (Eduardo Laguna Valor)

Fonte: http://economia.ig.com.br/