sábado, outubro 17, 2009

Ponte de fibra de vidro é novidade da engenharia nos EUA



A ponte Neal passa quase despercebida para muitos dos motoristas que percorrem a Rota 100, ao sul de Pittsfield, uma cidade no centro do Maine, nos Estados Unidos. É uma porção modesta da infraestrutura nacional - com apenas duas faixas de rodagem e extensão de pouco mais de 10 m, o suficiente para cruzar um pequeno riacho.
A ponte é mais nova do que a maioria das que se costuma ver nas rodovias do país, tal como sugere seu asfalto ainda bem escuro e o brilho de galvanização recente nas muradas de proteção. Mas é aquilo que existe por sob a estrutura que a torna realmente diferente.
Em lugar de vigas de concreto ou aço, a estrutura consiste de 23 arcos formados por um tecido de carbono e fibra de vidro. Tratam-se de tubos com o diâmetro de 30 cm que foram inflados, dobrados na forma necessária e reforçados com uma resina plástica, e depois instalados lado a lado e recheados com concreto, como se fossem gigantescos canelones.
Cobertos por um revestimento composto e terra compactada, os arcos servem de apoio a uma via de rodagem convencional, formada com cascalho e recoberta de asfalto.
A ponte é a primeira de muitas de seu tipo, pelo menos na expectativa de seus projetistas, uma equipe da Universidade do Maine em Orono, a cerca de 80 km de distância do local. O modelo combina um novo uso de materiais compostos a métodos mais tradicionais de construção, como o concreto.
Como estimativas determinam que até 160 mil das 600 mil pontes existentes nas rodovias americanas precisam ser substituídas ou reparadas, caso esse projeto híbrido ou modelos semelhantes venham a ser adotados, isso poderia representar uma revolução no uso dos plásticos reforçados por fibra, conhecidos como FRP, nas rodovias americanas.
"Para nós, a ponte serviu como experiência", disse Habib Dagher, professor de engenharia e diretor do Centro de Estruturas Avançadas e Materiais Compostos da universidade, que desenvolveu o projeto nos últimos sete anos. "Era hora de tirá-lo do laboratório e determinar se funcionava na prática".
A ponte, cuja construção foi realizada em novembro ao custo de cerca de US$ 600 mil, vem sendo monitorada por meio de sensores de deflexão e outros instrumentos, e até agora vem resistindo bem ao movimento diário do tráfego em torno de Pittsfield. "Tudo saiu notavelmente bem", diz Dagher. "Aprendemos muito com a construção, e o custo final ficou US$ 170 mil abaixo do de uma ponte de concreto convencional".
O projeto funcionou tão bem, de fato, que atraiu a atenção do governo Obama. Ray LaHood, secretário dos Transportes, visitou a universidade em agosto, e uma segunda ponte do mesmo tipo foi concluída algumas semanas atrás, mais ao norte, em Anson. O projeto com sustentação por arcos de fibra ofereceu o mais baixo custo entre as sete propostas apresentadas para a construção da estrutura.
Por muito tempo usados como material básico para pranchas de surfe ou barcos de passeio, e mais recentemente utilizados também em asas e outros componentes para aviões, os polímeros plásticos reforçados com fibras começaram a ser pesquisados para uso em pontes nos anos 80. Os engenheiros civis os consideravam atraentes pelos mesmos motivos que ajudaram a convencer projetistas de outras áreas de atuação: sua força, peso leve e resistência à corrosão.
Mas esses materiais até agora não resultaram em uma revolução na infraestrutura rodoviária. Faixas e placas de FRP foram utilizadas para reparar concreto ou aço deteriorado em pontes já existentes, ou para reforçar estruturas de maneira a torná-las mais resistentes a terremotos.



Novo processador permitirá celular com câmera de 20 MP



A fabricante de componentes eletrônicos Texas Instruments anunciou hoje o lançamento de dois novos co-processadores que vão permitir tirar fotos com resolução de até 20 megapixels e gravar vídeos em alta resolução (720p) no celular.
O OMAP-DM515 e OMAP-DM525 fazem parte da família OMAP-DM5x e poderão ser usados pelos fabricantes de telefones para melhorar o desempenho em foto e vídeo dos seus equipamentos. O modelo DM515 chega a 12 megapixels, e o DM525, a 20 megapixels na imagem.
Quando isso acontecer, diz a Texas Instruments, as câmeras do celular terão desempenho parecido com o de câmeras D-SLR (usadas por fotógrafos profissionais) com fotos sequenciais de 1,4 imagem por segundo, funcionarão melhor em condições adversas de luz e terão reconhecimento de faces e de cena. A resolução final da imagem pode chegar a 20 megapixels.
Já em vídeo, além das imagens a 720p, será possível, no celular, aplicar filtros para melhorar a qualidade da imagem, usar recursos de estabilização de vídeo e eliminar a necessidade de uso de armazenamento externo nos telefones (isso, claro, se eles tiverem bastante espaço interno).
Segundo a fabricante, os processadores vão funcionar com a maioria dos sistemas operacionais para celulares atuais.



Dados da F1 dobram a cada dois anos, diz equipe da Williams


Os dados gerados pelos sensores de telemetria nos carros da Fórmula 1 dobram a cada dois anos, de acordo com a equipe AT&T Williams.

"Hoje, a AT&T Williams gera, por corrida, até 24 ou 25 GB de dados captados a cada corrida", explica Ron Nelson, diretor de engenharia da equipe, em entrevista ao Zumonotícias em Interlagos. "Na prática, cada carro gera de seis a oito gigabytes, mas some isso aos dados secundários de outros sensores e chegamos ao número de 25 gigabytes por final de semana", comenta.
A quantidade de dados gerada na pista varia de circuito para circuito. "Em Mônaco, por ser um circuito mais lento, são menos dados. Em Monza, com uma volta mais rápida, são mais informações", conta Nelson. Os dados coletados seguem, via rede privada, minutos após para a sede da Williams, na Inglaterra, onde são analisados e podem ajudar em modificações no carro para fazer o piloto correr mais rápido.
O engenheiro-chefe explica que a quantidade de informações vem aumentando ano após ano, e deve seguir a tendência de dobrar a cada dois anos. "Em 2007, eram 12 GB, em média. Passou para 16 GB em 2008 e já estamos em 24 GB", finaliza.



Windows 7 pirata já circula na China antes de lançamento

Em lojas no movimentado mercado Xinyang, em Xangai, iPhones da Apple e alto-falantes Bose falsos circulam junto com cópias piratas do novo sistema operacional Windows 7, da Microsoft, uma semana antes do seu lançamento oficial. "Qual versão você quer? Básica? Normal? Inglês ou chinês?", anuncia um lojista, apontando orgulhosamente sua ampla oferta de discos embalados em caixas brancas sem nome.A Microsoft pode estar atraindo o mundo, conforme se prepara para lançar a mais recente versão do sistema operacional Windows, mas os chineses têm conseguido comprar cópias piratas neste mês por apenas 20 iuans (US$ 2,93) cada, uma parcela mínima do preço oficial de até US$ 320.O "lançamento antecipado" do Windows 7 na China ressalta o desafio que grandes fabricantes de software enfrentam tentando ganhar dinheiro na China, segundo maior mercado de computadores do mundo.A empresa de pesquisa IDC estima que quase 80% dos softwares vendidos na China no ano passado eram piratas. Embora o número esteja caindo, ainda representa o dobro da média global e fica quase quatro vezes acima de mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão."A grande questão que está conduzindo a pirataria na China hoje é o preço", afirmou o analista Matthew Cheung, do Gartner, outra empresa de pesquisa.Em resposta a tais pressões, a Microsoft reduziu o preço do pacote de aplicativos Office 2007 Home and Student Edition para 199 iuans no ano passado, ante 699 iuans. A fabricante venderá a versão mais simples do Windows 7 Home Basic por 399 iuans, preço modesto para os padrões ocidentais, mas ainda muito superior às cópias piratas.A violação dos direitos de propriedade intelectual tem sido um problema contínuo nas relações da China com seus principais parceiros comerciais.A Business Software Alliance, uma associação comercial criada pela indústria de softwares, afirma que o setor perdeu mais de US$ 6,6 bilhões para pirataria no ano passado na China, atrás apenas dos Estados Unidos.A maioria dos especialistas concordam que a pirataria na China é um problema de longo prazo, mas muitos acrescentam que as condições devem melhorar, conforme as fabricantes de software reduzem preços, usuários se tornam mais educados e o padrão de vida sobe.O Gartner estima que as taxas de pirataria na China cairão para 50% até 2012, quase em linha com mercados aisiáticos desenvolvidos como Hong Kong.


Fonte: www.terra.com.br

Pente antipiolho é destaque em feira tecnológica na Argentina


Um dos principais destaques da feira de invenções da Argentina Innovar 2009, que acontece até sexta-feira em Buenos Aires, é um pente antipiolho. A invenção é um simples objeto de plástico com as garras mais finas do que as do tradicional "pente fino" utilizado para retirar os insetos do couro cabeludo.

As garras do novo pente deslizam pelos cabelos para limpá-los de todos os insetos. Segundo os organizadores da exposição, realizada pelo ministério da Ciência, Tecnologia e Renovação Produtiva, o pente já está em fase de produção para ser comercializado.
O ministério recebeu 2.630 projetos e selecionou 400 deles para a feira, que teve início na quarta-feira.
Outras invençõesAlém do destaque do pente antipiolho, a feira inclui ainda invenções mais elaboradas, como um computador laptop em braile, que funciona sem bateria.
Outro destaque é um aparelho que detecta problemas de audição nos recém-nascidos e ainda um vaso sanitário ecológico, que apesar de não integrar a feira, está presente no catálogo.
O inventor do sanitário, o arquiteto Miguel Angel Bravo, disse que o produto ainda não foi patenteado e por isso não foi exposto. Mas ele explicou que a ideia agradou os organizadores e foi catalogada, mesmo ainda sem foto.
"A descarga que usamos hoje, no vaso sanitário clássico, gera imensas perdas de água. Substituímos, então, essa descarga com o sistema hidráulico por um sistema de água pressurizada, com maior pressão do ar e menos água", disse.
Bravo afirmou que o mesmo vaso ecológico tem um dispositivo que separa o conteúdo sólido do líquido, reciclando os dejetos "para gerar biogás, para cozinha, e a urina para ser usada para regar o jardim".
Outro produto que gerou curiosidade na feira foi um gerador portátil de energia eólica, elaborado por três universitários de desenho industrial para ser levado para acampamentos.
"Este gerador pesa somente três quilos e meio e funciona como os grandes geradores de energia, a partir do vento. Mas a diferença é que ele é muito menor. Tem um minimotor para girar a hélice e um sistema interno pequeno que funciona como armazenador", disse Alejandro Gilligan, um dos três inventores do produto.



Finlândia torna banda larga "direito fundamental" do cidadão

Segundo Harri Pursiainen, secretário do ministério finlandês dos transportes e comunicação, "conexões de dados não são apenas entretenimento, mas uma necessidade".

A Finlândia, terra da Nokia, de Linus Torvalds e um dos países mais conectados da Europa, aprovou legislação que considera o acesso à internet através de uma conexão de banda larga de pelo menos 1 Mb/s um direito fundamental de todo o cidadão.

A decisão é apenas o primeiro passo em um plano mais ambicioso: a meta do governo é que, em 2015, nenhum cidadão finlandês viva a mais de 2 km de um ponto de conexão capaz de trafegar dados a 100 Mb/s. A estimativa é que, até lá, os habitantes de Helsinki, a capital, tenham acesso a conexões domésticas na casa dos gigabits.

Dados recentes do governo finlandês estimam que, em meados de 2008, 83% da população (de cerca de 5.3 milhões de habitantes) entre os 16 e 74 anos utilizava a internet, sendo que 80% deste total acessavam a rede diariamente. Ainda de acordo com o governo, haviam 6.9 milhões linhas de telefonia celular em operação, e 2.1 milhões de usuários assinantes de serviços de conexão à internet via banda larga.

Além da Finlândia a Estônia, França e Grécia são países que consideram o acesso à internet, e consequentemente à informação, como um direito fundamental de sua população.

Fonte: www.terra.com.br