sábado, outubro 30, 2010

ANP: Libra pode chegar a 15 bi de barris de petróleo


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) acaba de informar que a descoberta de petróleo realizada no pré-sal, no poço 2 - ANP - 2 A - RJS, em área pertencente à União, tem capacidade de 3,7 a 15 bilhões de barris de petróleo recuperável, considerando o volume recuperável da União. Ontem a Agência Estado antecipou que em até 48 horas a ANP iria anunciar essa descoberta.

Ainda de acordo com a ANP, a estimativa mais provável de reservas no local é de 7,9 bilhões de barris, de acordo com avaliação da certificadora Gaffney, Cline & Associates. 'É importante destacar que somente este prospecto de Libra pode vir a ter um volume de óleo recuperável superior às atuais reservas provadas brasileiras, próximas de 14 bilhões de barris de petróleo', destacou em nota a agência.

O poço situa-se a 183 km da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d''água de 1.964 metros e até o momento a profundidade atingida é de 5.410 metros, com 22 metros perfurados no pré-sal. A profundidade final prevista, de cerca de 6.500 metros, deverá ser alcançada somente no início de dezembro. 'O poço 2 - ANP - 1 - RJS, no prospecto de Franco, e 2 - ANP - 2A - RJS, em Libra, foram perfurados em área da União com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o potencial petrolífero do pré-sal brasileiro', destaca a ANP, para que a descoberta 'valoriza enormemente o patrimônio da União', aponta o comunicado.

Fonte: http://estadao।br.msn.com/

PETROBRAS TEM QUE SUPERAR DESAFIOS DO PRÉ-SAL


Após a descoberta da província petrolífera denominada pré-sal, que se estende ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos, a Petrobras ganhou importantes desafios pela frente. Isso porque, a perfuração só pode ser definida após várias análises químicas feitas no Centro de Pesquisas da companhia. Os engenheiros de poço precisam definir o revestimento, a geometria específica do poço e a melhor broca de perfuração.
A exploração dessa camada de petróleo exige diversas especificidades peculiares, tudo envolvendo uma questão de tecnologia. Para se ter uma idéia, o primeiro poço perfurado pela Petrobras para essa seção pré-sal demorou mais de um ano e custou US$ 240 milhões. Os poços mais recentes que a Petrobras perfurou demoraram 60 dias e custaram, em média, US$ 66 milhões. Vários avanços foram alcançados nos últimos anos, permitindo não somente a perfuração de forma estável da camada de sal, mas também a redução do tempo para perfuração dos poços.
A grande dúvida gerada pelo mercado seria se a Petrobras estaria apta para atender a demanda do pré-sal. A estatal afirma que está direcionando grande parte de seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico que garantirão, nos próximos anos, a produção dessa nova fronteira exploratória. Um exemplo é o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), a exemplo dos bem-sucedidos programas desenvolvidos pelo seu Centro de Pesquisas (Cenpes), como o Procap, que viabilizou a produção em águas profundas. Segundo a Petrobras, além de desenvolver tecnologia própria, a empresa trabalha em sintonia com uma rede de universidades que contribuem para a formação de um sólido portfólio tecnológico nacional.
Outro desafio é a distância da litoral, cerca de 230 km e em grandes profundidades. O petróleo produzido pode ser escoado direto das plataformas para navios e transportados para terra. O gás natural, porém, como sai do reservatório, não pode ser escoado por navios, mas somente por dutos. Pelo transporte viário, o gás somente pode ser transportado depois de liquefeito. Uma das idéias seria construir um gasoduto saindo das unidades de produção, que serão instaladas na área, para a plataforma fixa que no campo de Mexilhão, também na Bacia de Santos, que tem previsão para entrar em atividade somente em janeiro de 2011.
Novos projetos
Outra idéia em estudo é a instalação de uma unidade de liquefação do gás, o que tornaria possível o transporte por navios. Também está sendo cogitada a possibilidade de construção de termelétricas flutuantes à gás, junto às áreas produtoras. Essas térmicas produziriam energia para as próprias plataformas e, por linhas submarinas, a energia seria transmitida também para o consumo público em terra. Uma vantagem desse sistema é que as plataformas de produção não precisariam mais ter geração própria de energia, o que reduziria o seu preço.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

ENERGIA EÓLICA ATENDERÁ 12% DA DEMANDA EM 2020


Estudo divulgado recentemente pelo Conselho Mundial de Energia Eólica estima que a energia gerada a partir dos ventos atenderá 12% da demanda elétrica mundial em 2020 e até 22% em 2030. O trabalho, em conjunto com o Greenpeace International, prevê que o mundo terá 1.000 GW em operação daqui a dez anos, evitando a emissão de 1,5 bilhão de toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa.
O estudo Panorama Global da Energia Eólica - GWEO 2010 - indica que a energia eólica deverá ter uma participação estratégica na forma de atender à crescente demanda mundial por energia enquanto, ao mesmo tempo, contribuirá para a crucial diminuição das emissões de gases de efeito estufa. A projeção de que o mundo terá 1 mil GW instalados e em operação em 2020 irá permitir a não emissão de até 1,5 bilhão de toneladas de CO2 por ano.
No ano 2030, um total de 34 bilhões de toneladas de CO2 poderão ser evitados pelos 2,3 mil GW de capacidade eólica instalada no mundo. “A energia eólica pode fazer uma contribuição maciça e limpa para a produção mundial de eletricidade e para a descarbonização da geração elétrica, mas será necessário um comprometimento político para que isto venha a ocorrer”, comenta o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer.
Segundo o dirigente, a tecnologia de produção eólica dá aos governos uma alternativa viável e econômica para enfrentar os desafios atuais e, ainda, para tomar uma parte ativa na revolução energética de que o planeta necessita. Além dos benefícios para o meio ambiente, a energia eólica está se transformando em um fator para o desenvolvimento econômico, pois hoje já conta com mais de 600 mil posições de trabalho em empregos diretos e indiretos.
Energia eólica oferece 600 mil empregos
De acordo com Pedro Perrelli, diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), até 2020, a fonte eólica poderá alcançar uma capacidade de geração de cerca de 24 GW, algo em torno de 15% da projeção total de produção de energia elétrica para aquele ano. O diretor da ABEEólica afirma que para essa expectativa tornar-se realidade é preciso que os preços da energia eólica continuem competitivos. Além dos benefícios para o meio ambiente, esse tipo de energia já oferece 600 mil empregos diretos e indiretos. Até 2030, a projeção é de que supere três milhões de vagas em todo o mundo.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/