quarta-feira, março 16, 2011

Galp Energia admite abrir capital da Petrogal


A Galp Energia admitiu hoje que está a avaliar a possibilidade de abrir capital da subsidiária brasileira, no mesmo dia em que anunciou uma operação de aumento de capital de 2 mil milhões de euros da Petrogal.
«Em princípio, seria mais para investidores grandes do que aberto ao público, mas não descartamos esta possibilidade», afirmou o presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, no Rio de Janeiro, Brasil, no Capital Markets Day 2011.

A petrolífera, que detém 10 por cento de participação no campo Lula, maior bloco de petróleo do pré-sal brasileiro, explicou que a forma como o aumento de capital será feito ainda não está decidida.

O presidente da Galp garantiu, no entanto, que a companhia não cederá a terceiros as responsabilidades operacionais dos blocos que detém no Brasil e acrescentou que não fecharão qualquer operação que seja vista pela Petrobras como «não amiga».

«A nossa preferência é de que sejam investidores ou fundos de investimentos, que sejam parceiros no projecto, mas isso vai depender da operação. O que nós já decidimos é que queremos assegurar o controlo das operações», adiantou Ferreira de Oliveira.

O executivo acrescentou ainda que o valor de 2 mil milhões de euros de aumento de capital foi calculado de modo a garantir a sustentabilidade da Petrogal no longo prazo.

«Esse é um aumento de capital que é capaz de sustentar o crescimento da empresa que nós esperamos no Brasil», disse.

«O primeiro passo foi tomar a decisão de o que é que pretendíamos fazer. Decidimos que precisamos expandir o capital. Decidimos não partilhar o controlo das operações e decidimos que será amigável com a Petrobras», concluiu o executivo.

Ainda de acordo com a Galp, a decisão de aumentar em 2 mil milhões de euros o capital social de sua subsidiária brasileira permitirá à companhia atingir um nível de 50 por cento na relação dívida/capital próprio, que actualmente está em 100 por cento.

Actualmente, «estamos a fazer grandes investimentos no Brasil, ao injectar capital na empresa reduz nosso esforço de investimento e, portanto, ajuda que a dívida seja menor».

Em relação às negociações que correm em paralelo para a venda dos 33,34 por cento que a italiana ENI possui na Galp, Ferreira de Oliveira disse que os planos e previsões para a empresa não são alterados.

«Mantemos o plano como se fôssemos estar (no controlo) por muitos anos. Trabalhamos com a estrutura accionista que temos e nossa apresentação de hoje foram aprovados por unanimidade no conselho de administração», sentenciou.

A Galp Energia anunciou hoje no Rio seu plano de negócios para o quadriénio 2012-2015, que prevê um volume de 3,5 mil milhões de euros, dos quais cerca de 1,5 mil milhões de euros para este ano.

Fonte: http://sol.sapo.pt/

Fundo do BNDES vai apoiar projetos de energia alternativa


RIO DE JANEIRO - O Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar, este ano, projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação nos setores de energia, meio ambiente, saúde, eletrônica, novos materiais, química, transportes e petróleo e gás. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (14) pela instituição.

No ano passado, foram apoiados pelo Funtec 27 projetos, com recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 200 milhões. Os principais setores atendidos foram os de eletrônica e meio ambiente, que responderam por 27,9% e 21,25% dos recursos comprometidos, respectivamente, segundo informou a assessoria do banco.

Dentre os projetos de setores considerados prioritários para o setor produtivo brasileiro, foram selecionados este ano pelo BNDES a geração de energia a partir de fontes alternativas; o desenvolvimento de biofármacos, vacinas e terapias celulares não produzidos no país; desenvolvimento de mecanismos armazenadores de energia para veículos elétricos (baterias); equipamentos e processos para a cadeia produtiva de petróleo e gás; e a criação de equipamentos que viabilizem a implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

A participação do BNDES é de até 90% do valor total do projeto. Este deve ser apresentado por instituições tecnológicas, em parceria com empresas cuja atividade econômica esteja diretamente ligada à pesquisa aplicada, ao desenvolvimento tecnológico e à inovação.

Fonte: http://www.dci.com.br/

Japão também pode sofrer com falta de combustível


Seis refinarias, que respondem por um quarto da produção interna, interromperam trabalhos

Ao menos seis refinarias foram fechadas nesta segunda-feira (14) após um terremoto de 8,9 graus na escala Richter devastar parte do Japão, na sexta-feira (11), e causar tsunamis que varreram várias cidades do litoral. Elas são responsáveis por jogar um quarto dos derivados de petróleo no mercado, ou algo em torno de 1,4 milhão de barris por dia. Isso significa que os combustíveis podem ficar mais escassos nos postos japoneses.

As refinarias que pararam de funcionar ficam no nordeste do país, a área mais afetada pelos abalos e pelos tsunamis.

Um incêndio na sexta-feira fechou as refinarias Sendai, da JX Holdings, com capacidade de processamento de 145 mil barris por dia, e Chiba, da Cosmo Oil, com capacidade de 220 mil barris por dia.

Os representantes da JX Holdings não foram encontrados para confirmar o tamanho dos danos na refinaria Sendai. Na sexta-feira, a empresa informou que houve um incêndio no tanque de GLP (gás liquefeito de petróleo) no complexo.

Um documento listou as empresas que diminuíram sua produção, mas a lista não esclarece se algumas delas pararam somente por precaução.

Falta de energia

Mas não é só de combustível que os japoneses sentem falta. A situação do mercado é agravada pela falta de energia. Os apagões são o principal perigo em um país em reconstrução, sobretudo porque derruba a produção das empresas. Quem explica a situação é Michala Marcussen, chefe de economia global do Société Generale.

- Quando falamos de desastres naturais, tendemos a ver uma queda inicial acentuada da produção. Inicialmente, todos subestimam o prejuízo. A energia é um fator crucial. Se a produção de energia for prejudicada de forma permanente, então poderá haver um impacto duradouro sobre a economia.

A Tokyo Electric Power anunciou no domingo que poderá realizar racionamento de energia com blecautes até o inverno. O racionamento de energia começou nesta segunda para empresas e residências, no momento em que o país enfrenta sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial.

Alimentos também já faltam nas principais cidades. Na capital Tóquio, moradores enfrentavam filas para comprar comida. Algumas prateleiras de lojas estavam vazias.

Prejuízo bilionário

A consultoria internacional Eqecat, citada pela rede de TV americana CNN, estimou que as perdas no país asiático podem chegar a R$ 166 bilhões (US$ 100 bilhões), incluindo R$ 33,2 bilhões (US$ 20 bilhões) em danos a residências e R$ 66,4 bilhões (US$ 40 bilhões) em danos à infraestrutura japonesa, como rodovias, ferrovias e portos.

Os valores foram convertidos de dólar para real a partir do valor da moeda americana nesta segunda (US$ 1 valendo R$ 1,66). Em ienes, o prejuízo é estimado entre 14 trilhões e 15 trilhões. Ainda assim, esses números são preliminares e podem aumentar mais daqui pra frente.

Prevendo o temor dos investidores internacionais em um momento já delicado da economia local, severamente afetada pela crise econômica internacional, o Banco Central do Japão anunciou nesta segunda-feira planos de injetar o valor recorde de R$ 303 bilhões (US$ 183 bilhões) no mercado. Outros R$ 101 bilhões (US$ 61 bilhões) serão usados como garantia para fundos de risco.

Fonte: http://noticias.r7.com/