terça-feira, agosto 02, 2011

Potencialidades do petróleo e gás natural são apresentadas na Febramec 2011


Palestra da Petrobras e do Prominp aborda as formas de inserção da indústria nesse mercado

A Febramec 2011 - Feira Brasileira da Mecânica e Automação Industrial - que se inicia no dia 02 de agosto nesta (terça-feira), promove diversas atividades ligadas à indústria. Durante a feira, serão realizadas palestras, cursos, apresentação de trabalhos técnicos e mesas de discussão.

No dia 02 de agosto (terça-feira), a partir das 15h, no auditório principal, haverá palestra sobre o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural - Prominp. O coordenador do Fórum do Prominp Indústria RS, César Przygodzinski, falará sobre o Portal de Oportunidades do programa. "Vamos abordar as potencialidades do petróleo e do gás natural para que as empresas se interessem e entrem nesse circuito", afirma.

O Prominp foi criado em 2003 com o objetivo de aumentar a participação da indústria nacional de bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis, na implan tação de projetos de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior.

Além do Prominp, participam da palestra a Fiergs e a Petrobras. Alexandre Benites, representante da Fiergs falará sobre o mapeamento de competências e Elvis Mozeleski, gestor de fornecedores Refap/Petrobras explicará como as empresas devem proceder para se tornarem fornecedoras da Petrobras.

A Febramec 2011 acontece de 02 a 05 de agosto (terça a sexta-feira), das 14h às 21h, nos Pavilhões da Festa da Uva.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

Em Tupi, trabalhadores buscam acalmar tempestades


A 300 quilômetros da costa, tempo livre dos pioneiros da plataforma de exploração do pré-sal é gasto com videogame e orações

Longe de casa por semanas, trabalhadores que transformam o sonho do pré-sal em realidade encontram terra firme na fé.

Rezas e orações para acalmar ondas e tempestades emocionais são frequentes na plataforma que extrai petróleo em Tupi, a 290 quilômetros da costa brasileira.
No megacampo pioneiro da nova província petrolífera, cultos religiosos acontecem três vezes por semana, com a participação de católicos, evangélicos, agnósticos ou apenas curiosos.

"Aqui não tem pastor nem padre", diz Mikko Rosário, taifeiro responsável por serviços de higiene e limpeza da embarcação, que toca no violão músicas evangélicas. "Cada um fala o que vem ao coração."
O técnico de segurança Jorge Abreu, católico, descreve os encontros: "São cultos cristãos, mas muitos que participam não têm religião e buscam conforto para a saudade que sentem da família".

Videogame, cinema, academia, carboidratos

Os cultos são uma parte importante da rotina, mas o tempo livre na plataforma Cidade de São Vicente é tomado também por outras atividades e passatempos. Os 70 trabalhadores têm à disposição jogos de videogame, sala de cinema, academia de ginástica, internet e aulas de inglês.

A comida é farta - e ajuda a saciar a ansiedade. Wagner Souza, ajudante de cozinha da plataforma no turno da noite, malha na academia à tarde.

Seria uma rotina normal, não fosse a saudade de familiares e amigos. "Aqui todo mundo é carente, sente saudade dos parentes e se ajuda", diz Douglas Emanuel de Sousa, marinheiro que também participa dos cultos religiosos.

Contratados pela norueguesa BW, prestadora de serviços para a Petrobras, quase todos os trabalhadores em Tupi alternam 14 dias de trabalho - quando estão “embarcados” - com duas semanas de folga. Como vêm de longe, os estrangeiros intercalam meses de folga com períodos idênticos de trabalho.
No começo da operação da plataforma, em maio do ano passado, os estrangeiros eram maioria dos embarcados. Profissionais de todas as partes do mundo compunham o quadro de pessoal da plataforma de Tupi, que faz testes de longa duração para recolhimento de informações sobre as reservas da camada do pré-sal.

Hoje, dez meses após o início da exploração de petróleo, os estrangeiros representam 25% dos empregados. "Estamos perto de cumprir o regulamento de 80% de mão-de-obra nacional", diz Paulo Buschinelli, gerente da plataforma.

Se com o tempo os brasileiros passaram a ocupar a maioria dos postos, as mulheres continuam como minoria. A nutricionista Michele Ferreira tem apenas 10 colegas na embarcação entre os 70 embarcados. Michele trabalha de dia, cuidando das refeições. Mineira de Itajubá, cidade do sul do Estado, aproveita o tempo livre, à noite, para se comunicar com o marido pela internet.

Wellington Gonçalves Dias, operador de produção, joga videogame enquanto fala ao iG. A prática se repete praticamente todos os 14 dias em que fica embarcado. "Um dos atrativos do trabalho em plataformas em mar é que depois de trabalhar podemos ficar duas semanas em casa", diz. Ele já trabalhou “embarcado” na Colômbia, Estados Unidos, França e Canadá, instalando válvulas de tratamento do petróleo. Até que casou e decidiu trabalhar em território nacional, para ficar mais perto da mulher.
O enfermeiro Anderson Luiz Pimenta aproveita os dias de folga para viajar com a mulher, que fica embarcada em outra plataforma, na Bacia de Campos. Eles conciliam a escala de trabalho. No dia-a-dia da plataforma, Pimenta assiste filmes entre um atendimento e outro. Raramente há doenças e acidentes na embarcação, segundo ele. Quando um funcionário fica doente, é isolado e levado de volta ao continente para evitar contágio.

Salários compensam riscos

Salários maiores também compensam os inconvenientes do trabalho em plataformas marítimas. Petroleiros e embarcados terceirizados ganham em dobro, no mínimo. Um técnico de segurança do trabalho, que receberia normalmente R$ 2,5 mil em terra, tira cerca de R$ 7 mil por mês, com os adicionais garantidos. Um operador de produção com experiência, que costuma receber R$ 4 mil em terra, pode alcançar um salário de R$ 13 mil em plataformas, por causa dos riscos das tarefas em alto-mar.

Em meados de março, quando uma frente fria atravessou o Oceano Atlântico, trabalhadores da plataforma de Tupi enfrentaram ondas de quatro metros, segundo relatos de funcionários do navio. A inclinação da embarcação, que costuma oscilar de ângulos de 3 graus a 5 graus, chegou a 26 graus, derrubando os objetos que se encontravam soltos, efeito similar a leve terremoto. Para muitos, significou a hora de dobrar o joelho.

"Quando a oração é feita com amor, ela chega a Deus. Livra-nos de acidentes, incidentes, ameniza saudades, tranquiliza. Também ajuda no nosso relacionamento", afirma Alexandre Rangel, operador no convés do navio-plataforma.

A repórter viajou a convite da Petrobras

Fonte: http://economia.ig.com.br/

Petrobras busca pré-sal além da fronteira oficial, na bacia do ES


Primeiro óleo comercial abaixo da camada de sal brasileira


A Petrobras confirmou que está procurando petróleo abaixo da camada de sal da Bacia do Espírito Santo, além da fronteira do pré-sal até então considerada oficialmente. O gerente-geral da Unidade Operacional do Espírito Santo, Robério Ramos, afirmou que a estatal espera encontrar óleo nas áreas exploratórias localizadas na região de blocos próxima ao campo de Golfinho, no litoral Norte do estado. O executivo ponderou que os prospectos indicam prioritariamente a existência de reservatórios no pós-sal.
As empresas estão perfurando cada vez mais fundo em busca de reservas abaixo da camada de sal, dentro e fora do chamado polígono do pré-sal. A região do Espírito Santo onde a Petrobras procura óleo da nova fronteira é a mesma em que a espanhola Repsol está perfurando um poço de 7,5 mil metros. Segundo técnicos do setor, a temperatura neste ambiente pode passar de 150ºC. Em Cascade, campo de petróleo no Golfo do México, a Petrobras enfrenta temperaturas de 200ºC a uma profundidade semelhante ou superior.

Nesta quinta-feira, também no estado do Espírito Santo (mas na Bacia de Campos), a estatal inicia a produção do primeiro óleo comercial abaixo da camada de sal brasileira. O presidente Lula estará presente à solenidade, no navio-plataforma FPSO Capixaba. A unidade vai extrair inicialmente 13 mil barris de óleo leve por dia no campo de Baleia Franca, na região conhecida como Parque das Baleias. A província fica ao norte do da Bacia de Campos, a 89 quilômetros do litoral capixaba. O poço produtor deve alcançar 20 mil barris por dia ainda este ano. É a primeira vez que a produção do pré-sal não será realizada em caráter experimental, como ocorre ainda no campo vizinho Jubarte (Bacia de Campos) e em Tupi (Bacia de Santos).
Ramos lembrou que o projeto adota tecnologias novas, concebidas para operar nas condições geológicas do pré-sal. Entre elas, novos modelos de risers flexíveis (tubulações para o escoamento de petróleo que ligam o poço à plataforma) e novas soluções tecnológicas para colocar os poços em produção. "Os materiais precisam ter características especiais para produzirmos petróleo no pré-sal por longos anos". O aço para fabricar os risers que atingem profundidade de 4,750 metros são mais resistentes. A temperatura chega a 130ºC.

400 mil barris por dia no Espírito Santo em 2015

Baleia Franca é o primeiro de cinco projetos produtores previstos até 2015 na região batizada de Parque das Baleias. A região será responsável pela maior parte dos 400 mil barris por dia de petróleo que serão produzidos no Espírito Santo nos próximos cinco anos.

Após a FPSO Capixaba, a P-57 está sendo preparada no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), para produzir no pós-sal do campo de Jubarte, ainda neste ano. No mesmo campo, a petroleira realiza testes de produção no pré-sal.

Em 2012, a Petrobras pretende começar a extrair petróleo no campo de Baleia Azul, a partir de um navio-plataforma que atualmente produz na Bacia de Campos e será transformado na FPSO Cidade de Anchieta. Segundo Ramos, a plataforma terá de ser modificada em estaleiro para atender às exigências que a exploração do pré-sal impõe. No mesmo campo, em 2015, a plataforma P-34, atualmente em Jubarte, produzirá no pós-sal. A P-58, que será encomendada pela Petrobras, vai começar a produzir óleo na área norte da província em 2014.

"Outras 'baleias' devem produzir junto com estes cinco sistemas", afirmou Ramos, referindo-se a campos vizinhos como Pirambu e Cacharel, que integram também o Parque das Baleias. Testes preliminares indicam reservas da ordem de 1,5 bilhões a 2,5 bilhões de barris no pré-sal do Parque das Baleias, na Bacia de Campos. Em Tupi, na bacia de Santos, as jazidas foram estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões. Na mesma região de Santos, batizada de picanha azul, Iara e Guará podem abrigar de 4,1 bilhões a 6 bilhões de petróleo, segundo estimativas ainda preliminares.

Fonte: http://economia.ig.com.br/