domingo, novembro 15, 2009

N900 da Nokia, baseado em Linux, começa a ser distribuído

O smartphone N900, primeiro aparelho celular da Nokia rodando sistema operacional Maemo, baseado em Linux, começa a ser distribuído nesta terça-feira para Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Rússia. A informação foi dada por Peter Schneider, gerente de marketing para dispositivos Maemo na Nokia, durante o The Way We Live Next 3.0 na manhã desta terça-feira.

Schneider comentou o histórico do Maemo e os processos que a Nokia teve de passar para chegar ao desenvolvimento de um sistema operacional de código aberto que já tem quatro anos. "Tínhamos os internet tablets, mas ainda faltava o 'santo graal' que era a parte de telefonia integrada ao Maemo", comentou Schneider.
Ele explicou que, ao contrário de outros celulares, o processo de criação do N900 foi baseado em especificações prévias de hardware em vez de apenas criar o software e instalar no equipamento. "Não quisemos criar o smartphone mais 'esperto', mas pegamos as tecnologias dos computadores e tentamos torná-las móveis, com o comportamento de um PC no bolso do usuário".
O executivo demonstrou funções presentes no Maemo, como integração com redes sociais e a capacidade de realizar tarefas simultâneas (como rodar até oito aplicativos distintos em quatro áreas de trabalho diferentes no N900). "Sabíamos que o aparelho precisava de bastante memória para conseguir fazer isso", afirmou Schneider.
O gerente de marketing ainda mostrou uma idéia de aplicativo que pode vir a existir para N900 e outros futuros celulares com Maemo. "Pense em um 'conteúdo contagioso': reúna duas, três pessoas mandando mensagens por Twitter de um mesmo local. Por que não criar um programa que mostra o que é quente ali, com o melhor conteúdo produzido e 'contagioso' pelos usuários", concluiu. "É uma boa idéia, mas não sabemos se vamos fazer isso ainda".


Nokia apresenta a visão do celular do futuro


Durante o The Way We Live Next 3.0, Heikki Norta, vice-presidente sênior de estratégias corporativas da Nokia, mostrou um vídeo que mostra uma visão de como serão os celulares do amanhã. "Os aparelhos vão liberar as pessoas de amarras locais. Teremos identidades digitais em alta, criando uma espécie de passaporte para se mover nesse novo mundo. E as localizações físicas serão ampliadas pelo mundo digital", explicou.

O celular de amanhã vai continuar a caber no bolso, mas será mais poderoso e capaz. A nuvem de serviços da Nokia vai fornecer contexto em relação ao local, mas "o celular que irá dar inteligência à rede", disse Norta. "Os dispositivos também têm que funcionar de maneira independente, usando os recursos de computação mais eficientes possíveis".
No vídeo demonstrado por Norta, um usuário que se mudou da França para os Estados Unidos se mantém sempre conectado com um tablet/celular, troca informações com televisores e interage com amigos que ficaram longe, podendo mudar de aparelho e manter os dados a qualquer momento.
Em outro exemplo, uma moradora de Barcelona usa o celular como meio para identificar conhecidos em festas, já que o celular mostra, em realidade aumentada, o nome das pessoas em uma festa - e mantém rastros das interações e encontros que teve com elas.
"O maior desafio para o futuro é como filtrar a informação para mostra o que é relevante para o consumidor", comentou o executivo. "Estamos todos criando conteúdos para redes sociais, e seu consumo e criação se fundem aos poucos", disse. "As empresas vão ter que aprender a lidar com os dados do consumidor, e criar serviços em tempo real", finalizou.
Fugindo um pouco da futurologia e entrando na prática, a Nokia anunciou a meta de chegar a 300 milhões de usuários de todos seus serviços online (mapas, música, aplicativos, entre outros) em todo o mundo até o final de 2011. Hoje esse número está próximo de 70 milhões de usuários.



Novos artistas pintam com os dedos na tela do iPhone


Em um futuro não muito distante, as visitas aos museus de arte poderão ser bem diferentes das que conhecemos atualmente, já que, em vez de percorrer salas e observar quadros, o visitante poderá admirar em seu telefone celular ou computador obras pintadas com os dedos sobre uma touchscreen.

O Brushes, um aplicativo para o iPhone da Apple que permite que o usuário "pinte" com os dedos sobre a tela do telefone ou do iPod Touch, se tornou uma ferramenta popular entre artistas, profissionais ou não, interessados em experimentar novas tecnologias.
Artistas como David Hockney estão usando o Brushes. O pintor canadense Matthew Watkins inaugurou recentemente em Bari (Itália) uma exposição de obras realizadas unicamente na tela de seu iPhone.
Com mais de 100 mil downloads desde que foi disponibilizado, em agosto de 2008, o Brushes se transformou em uma das aplicações mais populares do iPhone, e suas vendas dispararam depois que a revista The New Yorker publicou em sua capa, em junho, uma obra do artista português Jorge Colombo feita com o aplicativo.
"É acessível a qualquer um", disse Steve Sprang, criador do Brushes, ao jornal The Washington Post.
O Brushes permite que o usuário pinte sem se sujar "e, além disso, está sempre contigo", acrescentou Sprang, que recebe da Appple 70% dos US$ 4,95 que custa o programa.
No Flickr, um dos sites para postar fotos mais populares da internet, foi criada uma "galeria do Brushes", na qual já estão expostas mais de 10 mil obras de diferentes artistas, todas elas pintadas com os dedos sobre a tela do iPhone.
Algumas se aproximam ao hiperrealismo, como as imagens do americano Henry Maddocks. Outras têm um estilo mais surrealista, como as de Watkins. Patrício Villarroel, músico e artista chileno que vive em Paris, é o membro mais ativo da galeria do Flickr e tem mais de mil obras publicadas.
"Pintar com os dedos é muito divertido. Nos faz voltar à infância", disse Villarroel, que faz pinturas digitais desde 1996 com o programa Corel Painter-x, mas que há um ano se tornou fã do iPhone.
O aplicativo "te dá muita facilidade de emprego, em qualquer lugar e de qualquer maneira", disse ele à agência Efe.
O Brushes é o aplicativo que mais utiliza, mas Villarroel pinta também com outros programas similares para o iPhone como o Non Photorealistic Painter (NPtR) e o Artist's Touch.
Com mais de 100 mil aplicativos já disponíveis, a Apple descobriu a galinha dos ovos de ouro nestes programas para iPhone e iPod Touch, desenvolvidos em sua maioria por programadores de fora da companhia e que podem ser baixados pelo iTunes.
Muitos podem ser adquiridos gratuitamente e o preço da maioria não passa de US$ 5 (equivalente a pouco mais de R$ 8). Entre os programas mais populares destacam-se vários jogos e um leitor para códigos de barras que nos avisa se o produto que temos nas mãos pode ser encontrado a um valor mais baixo na internet.



Mona Lisa é recriada com placas-mãe e chips


Uma colagem feita a partir de placas-mãe usadas e chips de computador reproduz o quadro La Gioconda, mais conhecido como A Mona Lisa, de Leonardo DaVinci. A peça é de autoria de designers taiwaneses da Asustek, empresa detentora da marca Asus. Apesar de apenas sugerir a pintura de Da Vinci, especialmente pela escassez dos detalhes, o mosaico compõe uma curiosa obra de arte geek

Alguns projetistas de circuitos impressos da empresa já planejavam a execução do "quadro" desde 2008, de acordo com uma o programa Nightly Business Report, da TV pública norte-americana PBS.

O blog Gadget Lab da revista Wired aponta dois significados para a colagem: uma referência à tecnologia usada pela Asustek para alcançar seu status e também mostrar um pouco do perfil da empresa, que apoia todos os tipos de ideias, mesmo as aparentemente mais estapafúrdias.

De fato, uma grande placa-mãe em forma de pintura (ou, melhor dizendo, uma grande pintura em forma de placa-mãe) faz todo o sentido para a empresa, que despontou e cresceu no mercado internacional com suas placas-mãe nos anos 90, sendo uma das corporações icônicas dos então chamados "Tigres Asiáticos".

A obra foi instalada na entrada principal da sede da Asustek, em Peitou, Taiwan.


Fonte: www.terra.com.br

TEDxSP discute como as periferias se apropriam da tecnologia


No Brasil, existem mais lan houses que salas de cinema, e os maiores fenômenos musicais não aparecem nas paradas de sucesso. Em sua palestra no TEDx São Paulo, o advogado Ronaldo Lemos tentou explicar esses acontecimentos. "Em pesquisas, descobrimos como as periferias se apropriam da tecnologia", disse o advogado, responsável por trazer o projeto Creative Commons ao Brasil.
Um desses exemplos de apropriação ocorre nas lan houses brasileiras. "No Brasil, temos 2 mil salas de cinema, e 90 mil lan houses. Em 2005, 17% dos acessos à internet no País eram feitos nesses locais. Em 2008, eram 48% dos acessos", comentou. "A lan house levou a conectividade a locais onde ninguém imaginava. A Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, por exemplo, tem 80 delas", disse.
O outro processo é a criação do tecnobrega, ritmo que mistura música eletrônica com toques de brega. "É ótimo para dançar a dois, música eletrônica é sempre individual", afirmou Lemos. "Mas é uma indústria musical e audiovisual que lança por ano 400 novos CDs e 100 novos DVDs, que não se acha nas lojas: é feito um acordo direto com os camelôs". Entretanto, o tecnobrega não é um fenômeno comportamental que ocorre apenas no Brasil.
"Talvez a música popular seja essa fora das gravadoras e da mídia. No Brasil, tem o tecnobrega, funk, forró eletrônico, lambadão cuiabano, pisadinha, e é um fenômeno das periferias globais, na Inglaterra, em Angola, na Colômbia. Tem lugar até criando um novo modelo de distribuição além do CD vendido ao camelô, que distribui músicas por Bluetooth para o celular", concluiu.
Lemos comentou ainda a questão do Marco Civil da internet, que será a primeira lei colaborativa a ser lançada no país, com lançamento previsto para março de 2010.
O TEDx São Paulo ocorre hoje e discute a questão "O que o Brasil tem a oferecer para o mundo hoje?" com palestras de 20 minutos feitas por pessoas de diversas áreas - de presidente de banco, advogado, artistas e até um babalorixá.

Tecnologia previne incêndios causados por baterias de lítio

Uma nova tecnologia que previne que baterias de íon-lítio, usadas em laptops e celulares, peguem fogo ou explodam podem chegar às prateleiras já no primeiro trimestre de 2010, afirmou seu inventor.

A invenção, chamada Stoba, foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa em Tecnologia Industrial (ITRI, na sigla em inglês), organização nacional de pesquisas de Taiwan.

Quando uma bateria de íon-lítio têm curto-circuito interno, ela pode rapidamente se aquecer para até 500 graus centígrados e pegar fogo ou explodir. O Stoba fica entre os lados positivo e negativo das baterias e, quando esta chegar a 130 graus centígrados, a invenção se transforma de um material poroso para um filme, impedindo a reação.

"Introduzimos um material inteiramente novo à bateria", disse Alex Pang, pesquisador que liderou o time que desenvolveu o novo material ao longo de quatro anos.

O perigo de explosão de baterias de lítio é tão grande que, no mês passado, o Departamento de Transportes dos Estados Unidos divulgou um aviso de "materiais perigosos". "Muitas pessoas que transportam baterias de lítio não reconhecem o perigo... Incêndios em aviões podem causar eventos catastróficos, apresentando desafios únicos que não são vistos em outras formas de transporte", disse o governo.

Pang afirmou que fabricantes de baterias em Taiwan estão em fase de testes e já aumentaram a produção de baterias contendo Stoba para milhares. As entregas devem começar no primeiro trimestre do ano que vem, disse.

Pang, que está em Orlando, na Flórida, para receber um prêmio, disse por telefone que o Stoba aumentará apenas em dois a três por cento o custo de produção. Ele afirmou que quer tentar vender a tecnologia para grandes fabricantes de laptops e celulares. Clientes em potencial incluem Sony, Dell, HP, Acer, Apple e Nokia, entre outros.

O ITRI já entrou com pedidos por 29 patentes nos EUA, Taiwan, Coréia, China e Japão para o Stoba. O instituto detém 9.863 patentes e tem 5,8 mil funcionários, incluindo 1.112 com doutorado.

Fonte: www.terra.com.br