sábado, fevereiro 16, 2013

ANP divulga estudo sobre evolução do mercado de combustíveis

Segundo a ANP, o informe analisa o comportamento recente da demanda de combustíveis e derivados (óleo diesel, nafta, QAV, GLP, gasolina e etanol) no cenário nacional

Rio de Janeiro (RJ) - Elaborado pela Agência Nacional de Petroléo, Gás e Biocombustíveis(ANP), o estudo "Evolução do mercado de combustíveis e derivados: 2000-2012" está disponível na Internet, conforme informou hoje a autaquia.

Segundo a ANP, o informe analisa o comportamento recente da demanda de combustíveis e derivados (óleo diesel, nafta, QAV, GLP, gasolina e etanol) no cenário nacional, bem como as perspectivas de ampliação da capacidade de oferta. Destaca os fatores que causaram as oscilações e tendências em cada um dos mercados e suas consequências para o abastecimento nacional e a balança comercial.

"A análise do comportamento recente da demanda e da capacidade de oferta dos produtos no estudo tem como objetivo contribuir para o enriquecimento da capacidade de previsão de curto e médio prazo. O informe visa ainda avaliar se os fatores explicativos usualmente empregados neste tipo de análise são ainda boas referências, ou se novos elementos precisam ser levados em consideração, apontando, assim, novas linhas de estudo a serem desenvolvidas", conta a agência em comunicado enviado à imprensa.

Petrobras terá déficit até 2020

Segundo o diretor de abastecimento José Carlos Cosenza, a estatal ainda tem um pequeno espaço para aumentar a produção de derivados até meados deste ano

Rio de Janeiro (RJ) - Desde maio no comando da deficitária área de abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza prevê que a oferta menor que a demanda por combustíveis no Brasil só vai se encerrar quando todas as novas refinarias da estatal ficarem prontas, o que deverá acontecer entre 2020 e 2022. Até lá, a Petrobras estará sempre "correndo atrás do mercado". A estatal ainda tem um pequeno espaço para aumentar a produção de derivados até meados deste ano. Depois disso, explica, só com as novas refinarias. As primeiras deverão ser a Refinaria do Nordeste ou Abreu e Lima (PE) e a fase inicial do Comperj (RJ).

A refinaria de Pernambuco deve começar a processar os 230 mil barris de capacidade inicial entre novembro de 2014 e maio de 2015, e a do Comperj, com 165 mil barris/dia, em abril de 2015. Com o início de operação das duas unidades, a capacidade de refino aumentará para cerca de 2,4 milhões de barris diários. A estatal projeta que o consumo de derivados no país estará entre 3,2 milhões e 3,4 milhões de barris por dia em 2020, ainda menor que a oferta de combustíveis.

"Hoje estamos defasados em 250 mil a 300 mil barris", diz. Isso ocorrerá até que sejam construídas as refinarias Premium I (600 mil barris/dia, no Maranhão), a Premium II (300 mil barris, no Ceará) e a segunda etapa do Comperj (300 mil barris). Somente quando todas estiverem prontas a capacidade de processamento chegará a 3,6 milhões de barris. A diretoria anterior da Petrobras previa o fim do déficit, em volume, para 2017.

Sobre os resultados da área em 2013, Cosenza afirma que o déficit continuará sendo de 300 mil barris/dia, sendo as importações de diesel responsáveis pela maior parte (190 mil barris), seguidas pelas de gasolina (110 mil barris). Nem mesmo o aumento da mistura do álcool à gasolina, de 20% para 25%, fará grande diferença. A previsão é reduzir em 25 mil a 30 mil barris/dia a necessidade de importação de gasolina.

Fonte: Valor Econômico