segunda-feira, dezembro 19, 2011

Plataforma de petróleo afunda na Rússia e deixa quatro mortos e 49 desaparecidos


MOSCOU, Rússia — Ao menos quatro pessoas morreram e 49 estão desaparecidas após o naufrágio de uma plataforma petroleira neste domingo no mar de Ojotsk, no extremo oriente russo, anunciou o ministério de Situações de Emergência.

A plataforma Kolskoye, na qual 67 pessoas trabalhavam, estava a 200 metros da margem quando ocorreu o acidente, às 12H45 local (23H45 de sexta-feira de Brasília), devido aos fortes ventos, e a uma temperatura de -17° Celsius.

Quatorze pessoas foram resgatadas, algumas em estado grave. Outras quatro pessoas foram encontradas mortas, mas as equipes de resgate não conseguiram retirá-las do mar pelas difíceis condições climáticas.

As operações de busca dos desaparecidos foram interrompidas no início da noite, às 19H00 local (06H00 de Brasília), embora dois helicópteros e um avião continuassem sobrevoando a região, informou a agência Interfax citando uma autoridade local.

A plataforma, arrastada por um rebocador e um barco quebra-gelo, era deslocada da península de Kamchatka em direção à ilha de Sajalin no momento do naufrágio.

Os trabalhos de resgate foram dificultados pelo vento e pelas ondas de quatro metros.

As autoridades indicaram em um comunicado que foi aberta uma investigação sobre as circunstâncias do acidente, e para esclarecer eventuais violações das normas de segurança.

A plataforma realizava uma missão de prospecção no oeste de Kamchatka para a empresa Gazflot, uma filial do grupo Gazprom.

Fonte: http://www.petroleoetc.com.br/

Novas reservas


As estimativas de reservas para o Pré-sal brasileiro indicam potencial de 70 a 100 bilhões de barris de óleo equivalente – boe (somatório de petróleo e gás natural), mas o caminho para a exploração de toda essa riqueza ainda está em estágio inicial.

A produção do primeiro óleo do Pré-sal foi realizada em setembro de 2008 no campo de Jubarte, que já produzia óleo pesado do pós-sal no litoral sul do Espírito Santo. Localizado ao norte da Bacia de Campos, na área conhecida como Parque das Baleias, esse reservatório está a uma profundidade de cerca de 4,5 mil metros.

A produção do Teste de Longa Duração (TLD) do prospecto de Tupi, atual campo de Lula, iniciou-se em 1º de maio de 2008 e foi somente ao final de 2010 que a Petrobras e seus parceiros comerciais iniciaram a produção em escala comercial nos campos do Pré-sal. De acordo com a Petrobras, atualmente são extraídos cerca de 117 mil barris por dia de óleo no pré-sal das bacias de Santos e de Campos, ambas no litoral sudeste do Brasil.

A Petrobras prevê a “fase zero” de exploração do Pré-sal, ao priorizar a coleta geral de informações e mapeamento do pré-sal, até 2018. Entre 2013 e 2016 está prevista a “fase 1a”, com a meta de atingir 1 milhão de barris por dia. Após 2017, terá início a “fase 1b”, com incremento da produção e aceleração do processo de inovação. A Empresa informa que, a partir deste momento, é projetado o uso massivo de novas tecnologias especialmente desenhadas para as condições específicas dos reservatórios do Pré-sal.

A Petrobras ressalta ainda que não há nenhum obstáculo tecnológico para a produção nessa nova fronteira exploratória e que os investimentos em tecnologia diminuem os custos e aumentam a velocidade de exploração e produção no Pré-sal. Segundo a Empresa, hoje o tempo médio de perfuração de um poço equivale a 66% do tempo médio de perfuração de poços entre 2006 e 2007 no Pré-sal. Considerando que o afretamento (aluguel) de sondas de perfuração é um dos grandes custos de uma empresa de petróleo, essa diminuição no tempo de perfuração tem grande impacto positivo na redução de gastos da companhia.

As reservas conhecidas de petróleo da Petrobras atingiram 16 bilhões de boe em 2010. Com isso, a participação do Pré-sal na produção de petróleo passará dos atuais 2% para 18% em 2015 e para 40,5% em 2020, de acordo com o Plano de Negócios 2011-2015. Hoje, são utilizadas 15 sondas de perfuração equipadas para trabalhar em lâmina d’água (LDA) acima de 2 mil metros de profundidade. Em 2020, esse número chegará a 65. Atualmente, são disponibilizados 287 barcos de apoio. O objetivo da Empresa é atingir 568 barcos em 2020.

Aos poucos a extração nos campos do Pré-sal tem aumentado. No campo Lula (antes conhecido como Tupi), na Bacia de Santos, está em operação um projeto-piloto que utiliza o FPSO denominada Angra dos Reis, com capacidade para produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e 4 milhões de m³ de gás. Trata-se da primeira plataforma de produção programada para operar em escala comercial naquela área. Atualmente, o navio-plataforma ancorado a cerca de 300 km da costa produz em torno de 25 mil barris de óleo por dia.

As informações coletadas por essas perfurações e em outras dezenas de poços permitiram reduzir significativamente as incertezas sobre os reservatórios do Pré-sal. Várias dessas reservas recém-descobertas entraram em produção aproveitando plataformas que já operavam no pós-sal (acima da camada de sal) de campos existentes e foram adaptadas para receber o óleo leve de reservatórios identificados no Pré-sal.

Fonte: Brasil.Gov

Pesquisa alerta para riscos da radiação na atividade petrolífera


O estudante de Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia de Instalações no Mar, Sidney Sampaio, concluiu este mês o seu trabalho de final de curso na Faculdade Salesiana de Macaé. O estudo “Proteção radiológica aplicada na perfilagem de poços de petróleo” é fruto de um ano de pesquisas sobre os riscos da exposição à radiação durante a atividade de prospecção e perfuração de poços de petróleo na Bacia de Campos.

Segundo Sidney, a perfilagem é uma atividade muito comum na região e consiste na geração de perfis de uma formação rochosa (tipo, porosidade e etc.) durante a perfuração. Ele explica que é nesta importante fase da prospecção de petróleo que são encontrados minerais radioativos, que podem colocar em risco a saúde dos seres humanos. “A exposição do trabalhador à radiação ocorre principalmente durante a calibração, manutenção e transporte de equipamentos e fontes radioativas”, relatou.

De acordo com a pesquisa realizada pelo aluno, os trabalhos com fontes radioativas na Bacia de Campos aumentaram em 37% de 2010 para 2011. “A expectativa é de que esse número cresça ainda mais nos próximos anos, sobretudo com a exploração do pré-sal.” Para Sampaio, o processo de perfilagem ainda é falho e pode gerar consequências graves para empresas e trabalhadores. “A principal delas é a exposição à radiação por um período maior que o permitido, o que pode provocar câncer e danos à estrutura do DNA, afetando inclusive futuras gerações”, alertou.

Para evitar esse tipo de problema, o formando sugere treinamentos periódicos de reciclagem; aferição e calibração dos medidores de radiação; monitoramento da área, equipamentos, ferramentas e pessoal envolvido; inventário das fontes radioativas e exigência da permissão de trabalho pelo órgão competente.

Sidney que trabalha há dez anos dez anos na indústria petrolífera, conta que há pouco mais de um ano se tornou supervisor de proteção radiológica. “Minha intenção é continuar atuando na área de segurança, mas agora como engenheiro. O curso já me abriu portas e acredito que é o caminho para quem quer crescer nesta área”, avaliou.

Abaixo, o estudante de Engenharia de Produção com ênfase em Engenharia de Instalações no Mar, Sidney Sampaio.

Fotos: Ascom - Salesiana

Fonte: http://www.clickmacae.com.br