quinta-feira, março 15, 2012

BNDES prevê R$ 15 bi para financiar sondas


Índice médio de nacionalização das 28 unidades será de 55%

Rio de Janeiro (RJ) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara-se para financiar as sondas de perfuração que vão operar em águas ultraprofundas para a Petrobras. Os valores envolvidos são bilionários e ainda não foi definido o desembolso total do banco para esses contratos. Uma estimativa da superintendência de insumos básicos do BNDES indica que o financiamento do banco pode chegar a R$ 15 bilhões.

O valor considera a construção de 28 sondas encomendas pela Petrobras à Sete Brasil que devem ter índice de nacionalização médio de 55%. O número difere em quase USD 5 bilhões do projetado pela empresa Sete Brasil, que conta com financiamentos do BNDES de USD 13,5 bilhões dentro de um investimento total no projeto, incluindo custos de construção e dos financiamentos, de USD 27 bilhões.

Já as contas do banco consideram um valor total para as 28 sondas de USD 23,24 bilhões considerando um valor médio por unidade de USD 830 milhões..O presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, disse que a empresa tem carta do BNDES que garante financiamento de 80% do conteúdo local das sete primeiras sondas.

Essas unidades terão índice de nacionalização de 62%, o que, considerando o conteúdo local de 80%, garantem financiamento de 50% do valor das sondas, segundo o executivo. As sete unidades vão custar US$ 5,2 bilhões, o que resultaria em financiamento do banco de USD 2,6 bilhões, afirmou Ferraz. Ele projeta essa mesma estrutura financeira para chegar aos USD 13,5 bilhões para as 28 unidades.

Fonte: Valor Econômico / Francisco Góes / Cláuda Schuffner

Governo pretende reduzir de 17 para dois dias tempo gasto por navios em portos


De acordo com a Secretaria de Portos, órgão ligado à Presidência da República, atualmente os navios podem levar até 17 dias entre a chegada aos portos, a descarga dos contêineres e a saída da embarcação. “Mas acreditamos que, com os programas que já estão sendo implantados, vamos reduzir isso para dois dias, como fazem os grandes portos do mundo”, disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Sistemas e Informações Portuárias da Secretaria de Portos, Luís Cláudio Montenegro. Segundo ele, o crescimento da economia causa reflexos imediatos na movimentação portuária do país, o que torna necessário, além de investimentos, “um olhar cuidadoso” com a infraestrutura.

“Sabemos que o crescimento do movimento nos portos é pelo menos duas vezes maior do que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]. Portanto, se o PIB cresceu quase 3% em 2011, o movimento portuário cresceu aproximadamente 6%. E isso pode gerar congestionamento”, disse. “Felizmente esse congestionamento já era esperado, e temos trabalhado muito para lidar com a situação. E, por isso, não há situações emergenciais nos nossos portos”, acrescentou.

Entre as ações que estão sendo implementadas pelo governo, Montenegro destaca o Porto sem Papel, programa que concentra, de forma eletrônica na internet, informações enviadas pelas agências marítimas para a liberação de atracação e operação dos navios. Com ele, são eliminados os trâmites de 112 documentos (em diversas vias) e 935 informações para seis órgãos diferentes.

“Os portos recebem informações dos navios com cerca de 15 dias de antecedência. Com isso, os navios já são liberados para atracar três dias antes de chegarem. Isso já está sendo feito nos portos de Santos, do Rio de Janeiro e de Vitória (ES) e está sendo implantado nos portos de Salvador e Ilhéus (BA), de Recife (PE) e de Fortaleza (CE), onde já demos treinamento e instalamos sistemas”, disse o diretor da Secretaria de Portos.

Segundo ele, o programa será implantado até o final do mês nos portos baianos. “Muitas das taxas portuárias são pagas por diárias. Ao obtermos ganhos em capacidade e eficiência, reduziremos os custos com logística, tanto para produtos exportados como para importados”. A secretaria pretende melhorar, ainda, a gestão das cargas provenientes de acessos terrestres. “O projeto Cargas Inteligentes é similar ao Porto sem Papel. Nele, as informações das cargas vindas de rodovias, ferrovias e, em alguns casos, de hidrovias, serão repassadas com antecedência ao porto, também antes de chegarem para serem descarregadas”.

Atualmente, informa Montenegro, as autoridades começam a analisar a liberação de cargas seis dias após a chegada. “Com o Carga Inteligente, elas já estarão liberadas antes mesmo de chegarem aos portos”. A implantação de radares para tráfego marítimo também beneficiará os portos brasileiros. Esses radares ajudarão na chegada de navios nos períodos noturnos, nas tempestades, ou quando houver neblina. “É como ocorre no posicionamento de aviões por instrumentos. Eles permitem uma melhor organização dos portos, por sabermos com antecedência que embarcação chegará primeiro”, explica o diretor.

Há, segundo a Secretaria de Portos, a previsão, para os próximos anos, de licitações para quase 100 arrendamentos portuários, entre operadores com prazos a serem vencidos e novas áreas a serem utilizadas. “Isso também nos ajudará a ampliar consideravelmente a atividade portuária brasileira”, prevê Montenegro.

Fonte: Jornal Agora

Wilson Sons assina contrato com Petrobras para 4 embarcações


As quatro embarcações serão construídas no estaleiro da companhia, no Guarujá (SP), e serão entregues até 2015

As contratações fazem parte do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam).

A Wilson Sons Limited informou que a Wilson, Sons Ultratug Offshore (WSUT) assinou contrato com a Petrobras para a construção e operação de quatro embarcações do tipo PSV 4500 (Platform Supply Vessel).

Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as embarcações serão financiadas com recursos provenientes do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

As quatro embarcações serão construídas no estaleiro da companhia, no Guarujá (SP), e serão entregues até 2015. A WSUT – empresa da qual a Wilson Sons Limited detém 50% de participação – estima que terá uma frota de mais de 30 OSVs (Offshore Support Vessels) em 2017.

A estratégia da WSUT é de construir um mix adequado de embarcações que atenda à demanda das companhias nacionais e internacionais de petróleo no Brasil.

De acordo com o plano estratégico da Petrobras, quase 300 novas embarcações de apoio marítimo serão necessárias até 2020 para atender a demanda criada pela exploração e produção das reservas de pré e pós-sal.

Fonte: Brasil Econômico