MOSCOU — Um tribunal arbitral de Estocolmo proibiu nesta quinta-feira à petroleira britânica BP de se aliar ao grupo público russo Rosneft para explorar e realizar prospecções em conjunto no centro do Ártico russo, rico em petróleo e gás.
Essa decisão, que constitui um revés para os projetos de expansão da Rússia em matéria de energia, foi anunciada pelas agências de notícias russas e suscitou imediatamente reações das empresas envolvidas.
A BP se aliou à Rosneft em janeiro para explorar esta imensa área submarina, com termos no acordo prevendo ainda participações cruzadas entre os dois grupos.
A empresa britânica se disse "decepcionada, uma vez que o acordo é importante para a Rússia, para Rosneft e para a BP.
Mas a BP "continuará comprometida com a parceria com a Rússia" e procurará outras maneiras de implementar o acordo histórico concluído com o primeiro grupo petrolífero russo, acrescentou.
Após a conclusão da parceria, a acionista russa da joint venture TNK-BP, o consórcio Alfa-Access-Renova (AAR), acionou o tribunal arbitral de Estocolmo, dizendo-se lesada pela operação.
A AAR explicou que o acordo infringia as cláusulas do pacto de acionistas da TNK-BP, segundo o qual os parceiros concordam em realizar todos seus projetos na Rússia e na Ucrânia através da joint venture.
O consórcio russo entrou com um recurso ante um tribunal de Londres, que, em seguida, transferiu o caso para o tribunal arbitral de Estocolmo.
"A AAR comemorou a decisão do tribunal arbitral. Esperamos que ela seja plenamente respeitada pela BP", declarou o diretor-executivo da AAR, Stan Polovets, em comunicado.
Dmitri Peskov, porta-voz do primeiro-ministro russo Vladimir Putin, informou por sua vez que ainda era muito cedo para responder: "Nós acabamos de receber a informação, ainda é preciso ver os detalhes", disse à agência Ria Novosti.
Fonte: http://www.google.com/hostedn
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