Pode-se dizer que a História do Petróleo teve início no ano de 1859, quando o Coronel Drake perfurou 21 metros e encontrou o “ouro negro” no Estado da Pensilvânia. Pouco tempo levou até que surgisse aquele considerado até hoje o homem mais rico de todos os tempos, John Davison Rockefeller. O magnata cunhou uma famosa frase, ao dizer que o melhor negócio do mundo era uma empresa de petróleo bem administrada, e o segundo melhor uma empresa de petróleo mal administrada. Rockefeller fundou a empresa Standard Oil, transformando-se logo no primeiro bilionário do Mundo. Com tanto sucesso e poder concentrado nas mãos de uma única corporação, economistas e políticos de todos os cantos do planeta temiam que a Standard Oil promovesse um desequilíbrio de mercado desastroso, o que culminou no fracionamento da empresa. Este foi o início do processo que fez surgir as Sete Irmãs do Petróleo, vistas como o mais forte oligopólio de todos os tempos. Embora tenha havido duas grandes fusões no início deste século (Chevron-Texaco e Exxon-Mobile), a maior parte das empresas advindas destas sete irmãs integram hoje o grupo das chamadas IOCs (International Oil Companies). As sete irmãs ganharam muito dinheiro com a exploração das terras norte-americanas, local de maior produção e exportação do Mundo durante bastante tempo, e, posteriormente, com o petróleo russo de Baku, do México, da Venezuela e finalmente dos produtores árabes. Tudo mudou quando o papel do petróleo na vida das pessoas, que no inicio da era Rockfeller era somente produzir querosene iluminante, sofreu uma grande transformação. O precioso recurso passou a ser utilizado para movimentar os carros de Henry Ford, os navios ingleses, e os aviões alemães. Após a segunda grande guerra, a demanda por petróleo era infinitamente maior do que no início do século XX, e a partir daí nunca mais parou de crescer. Já no século XXI, além do notório problema da frota mundial de veículos que alcançava a casa do primeiro bilhão de automóveis, desenvolveu-se sem freios a sociedade consumista e globalizada, na qual cada indivíduo almeja muitos bens materiais, a qualquer tempo, e em qualquer lugar. Como conseqüência deste novo comportamento social surgiram novas demandas por um massivo sistema de transporte de mercadorias e insumos, que acabam sempre viajando milhares e milhares de quilômetros até o seu consumidor final, e uma gigantesca indústria petroquímica, um processo de transição que obviamente exige cada vez mais petróleo. Este contexto evolutivo e perverso, que obviamente demanda mais e mais energia pode ser muito bem simbolizado pelo vertiginoso crescimento da China. Quanto à forma como esse petróleo foi explorado ao longo dos anos, vale dizer que nos anos cinqüenta do século anterior as relações entre as Sete Irmãs do Petróleo e os países produtores começaram a azedar por uma questão meramente financeira. As nações que detinham grandes reservas, exploradas pelas petrolíferas, não mais se contentavam com as participações que lhes eram repassadas em proveniência da venda de seus recursos minerais. Este foi o gatilho para o início do fenômeno de criação das empresas petrolíferas nacionais, a exemplo do Brasil, que criou a PETROBRAS, e de países como Venezuela e México, respectivos fundadores da PDVSA e da PEMEX. Hoje, inúmeros países, dentre eles até mesmo aqueles que não possuem reservas de petróleo, possuem suas próprias empresas para cuidar deste setor-chave da economia de qualquer Estado. No mínimo, a empresa criada se propõe a cuidar do Downstream local, e foi neste processo estratégico de nacionalização das atividades em voga que surgiram as NOCs (National Oil Companies), que, ano após ano, aumentam suas participações no mercado mundial. Outra iniciativa estratégica de alguns países afortunados pela riqueza mineral, ao exemplo de Arábia Saudita, Kwait, Emirados Árabes e Venezuela, foi a criação da OPEP, que nada mais é do que um cartel internacional organizado por grandes produtores de petróleo. Seu principal objetivo sempre foi manter as cotações do barril do petróleo elevadas, de forma a maximizar o lucro dos produtores, assim como funciona em um cartel tradicional. Se por algum motivo o preço do barril começa a cair, os integrantes da OPEP reduzem seus ritmos de produção como forma de reduzir a oferta, o que, basicamente, eleva os preços e maximiza seus lucros no longo prazo, uma vez que o petróleo é um recurso finito, esgotável. Tal operação nos leva a dinâmica através da qual é determinada a cotação do barril de petróleo. Tratando do tema de forma objetiva, pode-se resumi-lo a uma questão de oferta e procura. Portanto, se a produção é reduzida por uma guerra ou conflito militar, como o que ocorre em 2011, na Líbia de Kadaf, o preço sobe porque a oferta diminui. Se as reservas de petróleo estão declinantes no Reino Unido, no México, ou na Noruega, o preço também deve subir pela mesma razão. Em sentido contrário, se a procura cai devido a uma recessão na economia mundial, o preço tende à queda. Se ocorrem descobertas de reservas abundantes como a do Pré-sal, é muito provável que as cotações do barril caiam da mesma forma, uma vez que a oferta tende a crescer. Fonte: http://www.clickmacae.com.br/
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