Framingham - Estudo mostra que, cruzando informações enviadas anonimamente com contatos em redes sociais, é possível identificar usuários.
Pesquisadores da Universidade de Texas descobriram um jeito de identificar usuários no Flickr e no Twitter, mesmo não tendo dados pessoais dos usuários. No estudo, que será apresentado em uma conferência sobre segurança, os pesquisadores mostraram que é possível mapear as conexões de redes sociais públicas a partir de dados enviados anonimamente. No caso do Facebook e do Orkut, por exemplo, onde o acesso é restrito, não é possível fazer a identificação.A técnica consiste em cruzar dados enviados anonimamente com os contatos que as pessoas têm nas redes sociais. Segundo os autores do estudo, Arvind Narayanan e Vitaly Shmatikov, mesmo sem ter as datas de nascimento, nomes e endereços foi possível identificar usuários do Flickr que também estavam no Twitter, com uma precisão de até 66%. Nos outros casos, os pesquisadores tiveram “um palpite forte” sobre a identidade da pessoa.“Muitas vezes as pessoas compartilham informações online e eles esperam que esses dados sejam anônimos”, disse Narayanan. Mas se a identidade deles puder ser obtida em uma rede social, é possível localizá-los em outra rede - ou pelo menos as chances de encontrar são bastante fortes.Para ter certeza da identidade de uma pessoa, os pesquisadores precisam que ela esteja presente em pelo menos duas redes sociais. Dessa forma, elas conseguem não apenas analisar o círculo de amizades mais próximo, mas também checar se esse círculo de amigos se repete nas outras redes. “Quanto mais você conseguir mapear, mais fácil vai ser identificar alguém no futuro”, disse Narayanan.A técnica descrita pelos pesquisadores da Universidade do Texas pode ser usada por agências governamentais, marqueteiros online e até mesmo golpistas que podem criar armadilhas específicas para as pessoas.Para Narayanan, o mais problemático é que, hoje, as redes sociais compartilham informações sobre seus usuários baseadas na premissa de que, apenas removendo o nome, a data de nascimento e outros dados pessoais, é possível garantir o sigilo da identidade. Mas as técnicas que serão apresentadas em breve revelam que nem sempre é isso o que acontece.
Robert McMillan, editor do IDG News Service, em Framingham
Fonte: www.uol.com.br
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